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Mercado de implementos registra crescimento de 67% até maio

Morumbi Implementos

Apesar do cenário positivo, quinto aumento no preço do aço pode afetar a recuperação da indústria de implementos rodoviários

O mercado brasileiro de implementos rodoviários chegou o fim do mês de maio consolidando o ritmo de recuperação e crescimento em todos os comparativos.

De acordo com o balanço oficial da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR) 62.552 implementos foram entregues em todo o país de janeiro a maio deste ano, crescimento de 67,56% em relação ao mesmo período de 2020, quando 37.332 unidades foram comercializadas.

Considerando cada segmento separadamente, nos cinco primeiros meses do ano foram comercializados 36.779 reboques e semirreboques, crescimento de 82,93% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram comercializadas 20.105 unidades.

Já o segmento de carrocerias sobre chassi chegou ao fim de maio com um total de 25.773 unidades comercializadas, alta de 49,61% em relação a 2020, quando foram comercializadas 17.227 unidades.

Na avaliação da entidade, as vendas da indústria estão sendo suportadas por segmentos de mercado como agronegócio, construção civil e infraestrutura, onde os produtos de maior procura são os da linha Pesada. “Historicamente as vendas de Carroceria sobre chassis são maiores em volume do que as de Reboques e Semirreboques”, diz José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR). “Isso é resultado do momento atual de desequilíbrio da economia interna”, completa.


Aumento no preço do aço
Apesar do cenário favorável para o segmento de implementos rodoviários, os sucessivos aumentos nos custos para aquisição de insumos, como por exemplo o aço, podem interromper o desempenho da indústria. 

Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), de janeiro de 2020 a março de 2021 o preço do aço sofreu variação média de 79%, com pico de 126,8% nos laminados planos de aço inoxidável. No início de maio as siderúrgicas anunciaram aumentos que variaram de 10% a 18% e mais 15% em junho, o quinto reajuste do ano.

“Estamos em plena recuperação da economia e não é oportuno aplicar reajuste em insumos tão essenciais como o aço”, afirma Spricigo. Por conta da retomada nos negócios, as empresas associadas a ANFIR estão absorvendo parte dos aumentos. “Não é possível repassar ao cliente e isso compromete a situação da indústria”, diz. Segundo o executivo, por conta da recuperação dos negócios as empresas associadas à ANFIR geraram aproximadamente 800 empregos diretos e hoje dispõem 45.450 pessoas trabalhando em sua produção. 

"Este números mostram a resiliência do setor que hoje transporta por rodovias brasileiras 2/3 do PIB Nacional“, afirma Spricigo que completa: "devemos ressaltar que essa é a força de nossa indústria 100% brasileira que neste período de Pandemia,  mesmo com constantes aumentos de custos, dificuldades em aquisição de insumos e matérias primas; vem realizando e mantendo entregas de implementos em nosso País", conclui o presidente da ANFIR.



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