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Volvo prevê queda significativa nas vendas de caminhões semipesados e pesados em 2023

Volvo/Divulgação

Para a Volvo, custo elevado dos veículos com tecnologia Euro 6 e condições econômicas adversas devem impactar diretamente a venda de caminhões ao longo de 2023

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A Volvo encerrou 2022 com bons motivos para comemorar graças aos excelentes e expressivos resultados obtidos em todas as áreas de negócios no Brasil. Destaque para a liderança do mercado de caminhões pesados, conquista da maior licitação de chassis Euro 6 na América Latina e forte expansão da divisão financeira.


Entretanto, para 2023 a montadora adota uma posição cautelosa em relação ao mercado brasileiro. Devido ao custo elevado dos veículos com tecnologia Euro 6 e as condições econômicas adversas, a marca estima queda significativa no volume de caminhões negociados ao longo do ano.


2022 foi mais um período de grandes conquistas. Nossos produtos e serviços têm excelente reputação no mercado, pois contribuem para dar mais eficiência nas operações de transporte. Isso tudo se traduziu em negócios robustos”, declara Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina. Ele destaca, no entanto, que 2023 será um ano desafiador, com um mercado de caminhões acima de 16 toneladas estimado em cerca de 75 mil unidades no Brasil. “O acentuado aumento de custos decorrente da nova tecnologia Euro 6 e o impacto disso para o transportador é um dos fatores que farão diferença nas entregas desse ano. Além disso, pesam também as condições econômicas adversas, notadamente os juros altos”, afirma.


Resultados de 2022

Caminhões: 2022 se consagrou como mais um ano histórico para a Volvo no segmento de caminhões. Ao todo, a montadora de origem sueca entregou 24.093 caminhões (crescimento de 10%), sendo 18.747 exemplares somente na categoria de pesados. “Ficamos com 29% de market share, quase um terço do mercado de pesados. É uma marca histórica”, declara Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo do Brasil.

Com 8.317 unidades emplacadas, o Volvo FH 540 liderou o segmento de pesados e foi caminhão mais vendido do Brasil pelo quinto ano consecutivo. Já entre os semipesados, o Volvo VM 270 assegurou a liderança do segmento com com 4.732 unidades licenciadas.


Na América Latina outros mercados de destaque foram o Peru, com 1.902 caminhões entregues (crescimento de 17%) e Chile, com 1.687 exemplares comercializados (crescimento de 25%). Ao todo, a Volvo entregou mais de 31 mil caminhões nos diversos países do continente, sendo 28.627 licenciados. O Brasil concentrou 84% desse volume e, mais uma vez, foi o segundo maior mercado de caminhões da marca no mundo.


Ônibus: Também em 2022, a Volvo registrou uma alta de 94% no volume de vendas de ônibus na América Latina, totalizando 1.967 exemplares entregues, número que representa 34% do total comercializado em todo o mundo pela marca. “A América Latina tem uma forte representatividade nos negócios da Volvo Buses global. Os países da nossa região são estratégicos para nosso negócio”, declara André Marques, presidente da Volvo Buses Latin America.

No Brasil, a Volvo foi a fabricante que mais cresceu em volumes, ao todo 658 veículos foram licenciados em 2022, com uma elevação de 220% somente no segmento de rodoviários. Já no Chile, a Volvo foi a grande vencedora da maior licitação de ônibus Euro 6 do continente, com entregas de 566 chassis para a capital do país, Santiago.



Volvo Financial Services: A divisão de serviços financeiros da Volvo (VFS) encerrou 2022 com uma carteira total de R$ 18,3 bilhões em ativos, crescimento de 45% em relação ao ano anterior. Com uma participação de 38% nas entregas da Volvo, a VFS também registrou um aumento de 37% nos financiamentos. Destaca-se ainda o recorde registrado na comercialização de seguros, com R$ 152 milhões em prêmios. 2022 também se consagrou como o ano de criação da Locadora Volvo, que firmou contratos de 200 unidades logo nos primeiros meses de operação. 

Somos a divisão de serviços financeiros da marca e estamos sempre oferecendo novas soluções completas e flexíveis que atendam às demandas do mercado”, declara Carlos Ribeiro, presidente da VFS América do Sul.


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