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Logística 4.0 e as tendências para 2022 no transporte de cargas

CargOn/Divulgação
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Segundo o levantamento do “Índice da Movimentação de Cargas do Brasil”, desenvolvido pela AT&M, empresa de averbação eletrônica para seguros de transporte de cargas, apenas no primeiro quadrimestre de 2021 foram registrados R$ 2,9 trilhões em movimentação de cargas no país, um aumento de 38,63% em relação ao mesmo período de 2020, foram contabilizados R$ 2,1 trilhões. A base de dados do relatório é formada por mais de 25 mil empresas, entre transportadoras, operadores logísticos e embarcadores, e comprova que a pandemia da Covid-19 não prejudicou o desempenho do transporte de cargas no Brasil.

O fato é que a logística está passando por diversas mudanças, muitas delas consequências da transformação digital e da recessão econômica do Brasil, que permitem que o segmento se reinvente e continue competitivo no mercado, oferecendo cada vez mais benefícios para o setor.   


Com a adesão de mais tecnologia na logística, a digitalização de processos, por exemplo, se torna uma realidade dentro das operações, algo prático no dia a dia dos profissionais de logística. Monitoramento de transportes com mais precisão de dados, automação de processos e inteligência artificial também são algumas tendências da logística para 2022.

Então eu destaco sete tecnologias que transportadoras, operadores logísticos e embarcadores precisam ficar de olho no novo ano: 

1) Logística 4.0 e inovação
Com o objetivo de modernizar processos e trazer mais automação para a operação, a logística 4.0 se apoia em tecnologia para trazer inovação, e como ela se transforma a cada dia, deve estar no radar das empresas.

2) Inteligência Artificial
Ela está cada vez mais aprimorada e independente para automatizar tarefas, processar dados e imagens para reconhecimento e comparação de documentos, tornando os processos mais ágeis e seguros.


3) IoT: dispositivos e dados precisos
Seja por um sensor, uma máquina conectada a um sistema em nuvem ou um celular enviando informações para um servidor, a IoT tem um grande poder de transformação por podermos conectar "qualquer coisa" à internet, podendo ser uma fonte de dados ou automação para tarefas mais manuais.

4) Monitoramento de transporte com mais dados
Velocidade do motorista, jornada de trabalho, integridade da carga, com um monitoramento ficará mais fácil cruzar informações para ter mais precisão nos dados, além de uma análise proativa para medidas preditivas em relação ao transporte da carga, como atrasos, estado do veículo e carga, por exemplo.

5) Análise e inteligência de dados
Para melhorias efetivas é necessário entender primeiro quais são os pontos da operação atual que precisam de mais atenção, otimizando assim investimentos e tempo. Por isso, trazer inteligência em cima da análise de dados coletados da logística da empresa irá ajudar a melhorar os processos de forma muito mais efetiva.


6) Aplicações nativas em nuvem
Com um desenvolvimento acelerado, possibilidade de inovação e melhorias constantes, os sistemas em nuvem - ou native cloud apps - além de serem aplicações eficientes para atender a uma dor ou necessidade, são acessíveis de um computador a um dispositivo móvel, o que torna os acessos cada vez mais diversificados e informações mais precisas, já que não dependem de um acesso complexo ou de capacidade de processamento do dispositivo de acesso final - qualquer navegador pode ser um ponto de acesso.

7) Profissionais cada vez mais qualificados
Com diversos sistemas, processos, automatizações e tecnologia, é necessário que os profissionais estejam cada vez mais preparados para tirar o máximo proveito desses recursos, para otimizar cada vez mais a operação logística, com capacidade analítica e inovativa.

A tecnologia estará cada vez mais presente na rotina logística, com centralização de informações e análise de dados, além da inteligência artificial como aliada prática.  Ela já é uma realidade em vários processos e essa tendência seguirá não apenas em 2022, mas nos anos à frente, sempre inovando e melhorando toda a cadeia.

ARTIGO: Denny Mews é fundador e CEO da CargOn e professor do MBA em Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), da Fetrancesc com a Católica de Santa Catarina - Centro Universitário

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