Facchini

Mercado de implementos recua 13% no primeiro quadrimestre

Librelato/Divulgação
Refletindo os impactos negativos da pandemia de COVID-19 (Coronavírus), o mercado brasileiro de implementos rodoviários encerrou o primeiro quadrimestre de 2020 em queda.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR), nos primeiros quatro meses do ano, 30.878 implementos rodoviários foram emplacados em todo o Brasil, queda de 13,38% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram comercializadas 35.649 unidades.

Segundo a entidade, a queda só não foi maior porque o setor vinha desenvolvendo sua carteira de clientes antes da pandemia que paralisou a economia. “A indústria estava no ritmo pós-crise com os planos de recuperação sendo implementados”, explica Norberto Fabris, presidente da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários que completa: “o resultado são as vendas programadas que estão sendo entregues reduzindo os efeitos da paralisia na economia nas atividades do setor”.

A ANFIR ainda destaca que o total registrado este ano é semelhante ao de 2015: 30.499 implementos emplacados. “A retomada foi interrompida e recuamos para o patamar de quatro anos atrás”, diz Fabris.

Considerando cada segmento separadamente, no primeiro quadrimestre de 2020 foram comercializados 16.348 reboques e semirreboques, queda de 16,27% em relação a 2019, quando foram comercializadas 19.524 unidades.

Já o segmento de carrocerias sobre chassi encerrou os primeiros quatro meses de 2020 com um total de 14.530 unidades comercializadas, queda de 9,89% em relação a 2019, quando foram comercializadas 16.125 unidades.

Fabris lembra que a parada nos negócios não foi completa porque vários segmentos continuam em operação. “Há a necessidade urgente de distribuição de produtos necessários à população, como alimentos, medicamentos, combustíveis entre outros e isso manteve a roda da economia girando”, explica. Por conta dessa situação, parte dos associados da ANFIR acredita que o mercado deve reagir no início do segundo semestre de 2020.

LEIA: Carteira de pedidos impede paralisação completa da indústria de implementos rodoviários


Imprecisão
Ainda segundo a entidade, os resultados registrados no primeiro quadrimestre do ano podem não refletir a realidade do momento, uma vez que por meio da circular 508/2020, o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) decidiu suspender a obrigatoriedade de emissão do CRV (Certificado de Registro do Veículo) e do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo).

A medida que vai de encontro com um pedido feito pela própria ANFIR, foi tomada com o objetivo de evitar aglomerações e consequentemente impedir a disseminação do vírus. Além disso, a decisão também evita o comprometimento da circulação de mercadorias durante a pandemia.

Com a decisão, serviços nos Detrans foram paralisados levando a suspensão da emissão de quaisquer documentos, ou seja, parte dos implementos rodoviários não está sendo emplacada e por isso não consta nas estatísticas do primeiro quadrimestre.

Perspectiva de melhora
Apesar do recuo registrado nos primeiros meses de 2020, a ANFIR avalia que a situação deverá iniciar sua volta à normalidade em função da suspensão da quarentena em alguns municípios, indicando que a atividade econômica será retomada em breve. “Cidades de médio e pequeno porte tendem a voltar a vida normal antes dos grandes centros que são focos de maior contágio da doença. Os negócios deverão ser recuperados com operações menos concentradas  e mais pulverizadas”, estima o presidente da ANFIR.

Confira na íntegra o balanço da ANFIR: CLIQUE AQUI

TEXTO: Lucas Duarte
Com informações: ANFIR
Caminhões e Carretas
NOTÍCIA ANTERIOR PRÓXIMA NOTÍCIA