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Falta de motoristas desafia mais de 60% das empresas de ônibus

Marcopolo Viaggio 800 vermelho
Marcopolo/Divulgação

Quase metade das empresas do setor tem vagas abertas para motoristas segundo pesquisa da CNT; Brasil perdeu 1,1 milhão de motoristas profissionais nos últimos anos

A crescente falta de motoristas qualificados não é uma exclusividade do transporte rodoviário de cargas. Dados da mais recente  Pesquisa CNT Perfil Empresarial – Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros 2025, revela que quase metade das empresas do setor tem vagas abertas para motoristas.


De acordo com o levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Transporte no último dia 24 de setembro, 66,2% dos empresários ouvidos afirmaram que a falta de profissionais é a principal carência do setor, reflexo da baixa atratividade da profissão e da escassez de trabalhadores com experiência e treinamento adequado. Já 55,4% apontam o preço do combustível como o maior entrave, considerando que praticamente toda a frota (99,2%) depende do diesel.


Dados recentes da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), revelam que somente nos últimos 10 anos, o país perdeu 1,1 milhão de motoristas profissionais, aqueles que são habilitados nas categorias C, D e E. Além disso, apenas 4% dos atuais motoristas profissionais possuem menos de 30 anos. 


Outro desafio apontado é a concorrência com o transporte clandestino: 58,5% dos empresários acreditam que essa prática terá grande impacto nos próximos três anos. Além de gerar desequilíbrio no mercado, o transporte irregular compromete a segurança do usuário.


Para a CNT, apesar das dificuldades, o segmento é essencial para a integração regional e o desenvolvimento socioeconômico do país. Diariamente, cerca de 7,4 milhões de pessoas se deslocam entre municípios, reforçando a importância de um sistema de transporte estruturado e confiável. Nesse sentido, a Pesquisa demonstra que as principais rotas têm origem, predominantemente, em municípios de até 400 mil habitantes (44,6%), enquanto os destinos mais recorrentes dessas rotas são cidades de pequeno porte, com até 20 mil habitantes (31,8%). O dado reforça o papel fundamental do transporte coletivo intermunicipal na integração territorial do Brasil.

As linhas intermunicipais de passageiros têm uma importância social enorme. São elas que permitem que moradores de pequenas cidades possam estudar, trabalhar e acessar serviços de saúde em centros maiores. O transporte coletivo garante cidadania e desenvolvimento regional”, afirma Vander Costa, presidente do Sistema Transporte.

Por fim, a pesquisa da CNT também revela que 83,1% das empresas que atuam no setor possuem mais de 20 anos. Já em relação à totalidade das empresas pesquisadas, 85,4% são geridas por entes familiares. Além disso, 64,6% delas também estão presentes em outros ramos, como o fretamento (78,6%) e o transporte rodoviário de cargas (32,1%).


Confira na íntegra a Pesquisa da CNT: CLIQUE AQUI

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