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Produção de caminhões despenca quase 30% no primeiro trimestre de 2023

Scania/Divulgação

24,5 mil caminhões foram produzidos em todo o país de janeiro a março; Apenas 6% das vendas neste ano foram de caminhões Euro 6

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Refletindo diretamente os impactos da transição do Euro 5 para o Euro 6, bem como a queda de demanda por parte do mercado, a indústria brasileira de caminhões encerrou o primeiro trimestre de 2023 registrando um tombo na produção.


De acordo com o balanço oficial da Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA), 24,5 mil caminhões foram produzidos de janeiro a março de 2023, queda de 28,8% em relação ao primeiro trimestre de 2022, quando 34,4 mil caminhões foram montados no país.

"A gente sabe que esse número tem relação direta com a produção a partir de 1º de janeiro desse ano do Proconve P8. Esse volume é até menor que nos últimos anos, inclusive do que no ano de 2020 [24,7 mil caminhões produzidos]", destaca Gustavo Bonini, vice-presidente da ANFAVEA para veículos pesados.

Segundo os números da ANFAVEA, somente no mês de março foram montados 12,3 mil caminhões em todo o Brasil, alta de 51,7% em relação a fevereiro, quando 8,1 mil exemplares foram produzidos. Entretanto, em relação a março de 2022, quando a indústria foi responsável pela produção de 13,5 mil caminhões, a queda neste ano foi de 8,9%.


Apenas 6% dos caminhões vendidos em 2023 foram Euro 6
O primeiro trimestre de 2023 chega ao fim deixando claro o movimento de antecipação de compra de caminhões Euro 5, justamente devido a transição para tecnologia Euro 6 a partir deste ano. 

Dados da ANFAVEA revelam que dos 28.616 caminhões comercializados de janeiro a março de 2023, apenas 6,4% (1.835 exemplares) foram Euro 6, ou seja, produzidos neste ano. Os 93,6% (26.781 caminhões) foram exemplares Euro 5 produzidos até 31 de dezembro de 2022.

Além deste movimento de mercado, o cenário de incertezas políticas e econômicas, atrelado a alta taxa de juros que dificulta de forma considerável o acesso ao crédito, vem fazendo com que a indústria realize uma série de ajustes e mudanças na cadeia produtiva. Prova disso é a concessão de férias coletivas, redução das escalas de trabalho e até mesmo corte de turnos da produção.

Confira na íntegra os números da ANFAVEA: CLIQUE AQUI


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