Facchini

Primeiros caminhões autônomos Komastu entram em operação no Brasil

Komatsu/Divulgação

Destinados ao segmento de mineração, os caminhões fora de estrada não tripulados garantem mais segurança e produtividade, além de redução de emissões de CO2

Em total sintonia com as tendências globais de automatização e com o objetivo de tornar as operações na mineração ainda mais sustentáveis, produtivas e seguras, a Komatsu, fabricante de equipamentos para mineração, construção e florestal, colocou em operação no Brasil, sua primeira frota de caminhões autônomos. Atualmente seis exemplares operam  no maior complexo de extração de minério de ferro do mundo, localizado em Carajás, no Pará. Até o fim de 2021, mais quatro unidades devem começar a circular no mesmo local.

Controlados por sistemas informatizados, GPS, radares e inteligência artificial, os caminhões autônomos da companhia operam entre a frente de lavra da mineração e a área de descarga. Cada um dos caminhões conta com um sistema de segurança de última geração, composto por sensores capazes de detectar objetos maiores, como pedras grandes, veículos de pequeno porte, outros equipamentos tripulados, bem como obstáculos gerais no trecho de operação, eliminando assim por completo uma série de situações de risco, como por exemplo, tombamentos, atropelamentos e colisões.

Segundo Javier Mitsuyo Matsuda, gerente executivo do Projeto AHS (Sistema de Transporte Autônomo), além de garantir maior segurança da operação e colaboradores, uma operação com caminhões autônomos também proporciona significativos ganhos ambientais. "Com os controles autônomos, previsão e repetibilidade associadas ao sistema, conseguimos maior vida útil dos equipamentos e seus componentes. Outro ponto a destacar, de acordo com nossos dados globais, é a melhoria de cerca de 40% na vida útil dos pneus e freios, e em uma redução de 13% na manutenção geral, o que leva à diminuição dos resíduos gerados se comparado com a operação tripulada. Com isso, temos também redução da emissão de gases poluentes na atmosfera", explica.

Ainda segundo a Komatsu, os caminhões autônomos também são capazes de entregar um aumento de até 15% na produtividade, em virtude da diminuição no número de paradas das máquinas para manutenção ou trocas de turnos, entre outros fatores. "Em todas as nossas operações, de forma geral, notamos impactos reais da automação em todo o processo produtivo. Os custos com carregamento e transporte de materiais, por exemplo, apresentam redução de até 15% se comparados com as operações que utilizam máquinas tripuladas", ressalta Matsuda.


Capacitação de mão de obra
Além do fornecimento de caminhões autônomos, a Komatsu também se concentra na qualificação dos profissionais que atuam em Carajás (PA). Para isso, a companhia montou uma estrutura específica para esta nova tecnologia, responsável por oferecer treinamentos aos colaboradores, garantindo assim a operação adequada dos novos equipamentos autônomos. Até o momento, mais de 50 profissionais já foram capacitados, número que deve chegar a 120 pessoas até o final do ano.

A Komatsu também conta com um centro de treinamento em Parauapebas (PA) dedicado a capacitação de pessoal. Segundo o gerente executivo, o desenvolvimento humano para a inovação tecnológica é a chave para o sucesso e a empresa conta com um programa de treinamento "robusto e de altíssima qualidade". "Participantes do programa tem retornado com ótimos feedbacks sobre a forma tão amigável de realizar o treinamento", revela.

"Contamos com uma ótima estrutura, com simuladores Immersive e uma equipe de mais de 50 especialistas focados na implantação do projeto, suporte às operações e em qualificar a mão de obra local para atuar nesses novos postos de trabalho. Entendemos que esse é o futuro da mineração e, por isso, estamos investindo fortemente na região para termos cada dia mais profissionais bem preparados para lidar com esta tecnologia", finaliza Matsuda.

Referência no segmento de mineração, a Komatsu já movimentou, desde o início de suas operações comerciais com os caminhões autônomos, em 2008, um total de 4 bilhões de toneladas de material ao redor do mundo, através de uma frota de mais de 400 veículos equipados com o Sistema de Transporte Autônomo (AHS).


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