Facchini

Frete de grãos no Mato Grosso registra aumento de até 44% em apenas um mês

Alta nos valores é confirmada pelo confirmada pelo Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

O valor do frete rodoviário de grãos que parte do Mato Grosso com destino aos principais portos e terminais do país, registrou alta expressiva nos últimos dois meses e no comparativo com 2020. A informação é confirmada pelo Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta segunda-feira (29).

De acordo com o levantamento da Conab, as altas mais expressivas foram registradas nos dois primeiros meses deste ano, sendo, que a maior variação foi encontrada nos produtos que saem de Sorriso (MT) e seguem para Miritituba, no Pará. Nesta rota, em janeiro o preço pago por tonelada removida era de R$ 160, em fevereiro passou para R$ 230, uma elevação de 44%.

Já no comparativo anual, ou seja, entre fevereiro de 2020 e 2021, o valor do frete rodoviário de grãos que parte do Mato Grosso registrou alta de até 29% dependendo da rota. Nos trechos que com destino ao principal porto do país, Santos, a Conab confirmou um aumento médio de 11% no valor do frete. Já nos escoamentos realizados através do Arco Norte ou do Porto de Paranaguá, as cotações de frete tiveram alta de 19% e 20%, respectivamente. 


Na avaliação da Conab, as altas nos valores do frete rodoviário são justificadas pela combinação de diversos fatores, como a intensificação da colheita da soja, o aumento de preços do combustível, e ainda alguns congestionamentos em rotas importantes.

“Com o volume significativo de chuvas registrado em Mato Grosso, surgiram gargalos logísticos em alguns corredores. Nestes locais, com um fluxo muito elevado de caminhões, há relatos de problemas de descarga, com filas em pontos de transbordo como decorrência também da concentração do grande volume a ser escoado em um curto espaço de tempo”, explica o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth. “Essas filas e a morosidade na descarga em terminais exercem efeito de enxugamento da oferta de transporte, à medida que caminhões ficam parados, portanto, indisponíveis para realização de novas viagens, o que inflaciona os preços”, acrescenta.

Confira na íntegra o Boletim da Conab: CLIQUE AQUI

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