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Estados Unidos: Transportadoras aumentam salários em até 25% para atrair motoristas

Tecequipment
A crescente falta de motoristas no transporte rodoviário de cargas norte-americano segue sendo um dos principais desafios nos Estados Unidos. Prova disso são os levantamentos recentes, realizados pela International Road Transport Union (IRU) e que confirmam um déficit de 60.000 profissionais.

Afim de contornar este desafio, diversas transportadoras seguem investindo em soluções para atrair novos profissionais e/ou manter os atuais quadros de colaboradores. Dentre as medidas que vêm sendo adotadas, destaca-se significativos aumentos salarias de até 25%. Somente nos últimos 30 dias, quatro grandes transportadoras norte-americanas anunciaram reajustes nos salários de motoristas.

Em dezembro, a CR England, transportadora localizada em Salt Lake City, no estado de Utah, colocou em prática um reajuste médio de 15,5% no salário base pago aos motoristas. Somando-se as bonificações, o reajuste chega à 25%, o maior já promovido pela empresa em toda a história. 

“Estamos muito entusiasmados com este aumento de salário individual e temos o prazer de oferecê-lo em um momento em que os motoristas de caminhão profissionais estiveram no centro dos esforços de socorro relacionados à crise do COVID-19”, disse o CEO Chad England.


Já neste mês de janeiro, a Frozen Food Express (FFE), uma das principais transportadoras de produtos congelados e refrigerados dos Estados Unidos, colocou em prática reajustes salariais que variam de 20 a 25%, conforme o tipo de operação.

“Nossos motoristas foram resilientes ao longo de todo este ano, lidando com desafios sem precedentes nas indústrias de transporte e navegação devido à pandemia de COVID-19”, disse Nick Cook, vice-presidente de operações da FFE.

A Liquid Trucking , uma das 30 maiores transportadoras de cargas líquidas da América do Norte também elevou a remuneração de motoristas. Nas últimas semanas os profissionais da empresa passaram a contar com um reajuste de médio de 4% a 7% e mais folgas remuneradas.

Completando a lista de empresas que estão apostando nos aumentos salariais, está a Nagle Toledo, Inc., uma transportadora familiar que concentra as atividades na costa leste dos Estados Unidos. Nas últimas semanas, a empresa colocou em prática um reajuste de 17% nos salários semanais dos motoristas profissionais, passando de US 1.200 para US $ 1.400, podendo chegar até US $ 1.700 para os motoristas mais experientes. Segundo a Nagle este foi o maior reajuste em 36 anos de história.

Outras alternativas
Além de mensurar a falta de motoristas nos Estados Unidos, a International Road Transport Union (IRU) também recomendou recentemente recomendou uma redução na idade mínima exigida para motoristas profissionais (caminhões e ônibus), passando para 18 anos. Na avaliação da entidade, essa alteração na legislação além de reverter a crescente escassez de motoristas profissionais, também contribuirá no combate ao desemprego juvenil.


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