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Transportadoras de Portugal abrem as portas para 2 mil caminhoneiros brasileiros

O crescente déficit de caminhoneiros no velho continente, tem feito com que dezenas de transportadoras busquem alternativas para atrair novos colaboradores e evitar a paralisação das frotas. No caso de Portugal, estima-se que a falta de motoristas chegue a 5.000 profissionais. 

De acordo com o Jornal de Notícias, uma alternativa encontrada pelas transportadoras portuguesas tem sido a contratação de estrangeiros, especialmente brasileiros e venezuelanos. Somente em 2018, 2.000 caminhoneiros brasileiros e outros mil venezuelanos foram contratados no país. 

Dentre os fatores que contribuíram para a contratação significativa de caminhoneiros brasileiros está o mesmo idioma e a existência de um convênio bilateral entre o Brasil e Portugal que permite a carteira de habilitação (CNH) brasileira em carta de condução portuguesa. Entretanto essa possibilidade só é válida para brasileiros que comprovem residência legal no território português.

Além da documentação adequada e regularizada, outros pontos merecem atenção daqueles que pretendem buscar uma oportunidade de emprego em Portugal, como por exemplo, a exigência de um curso adicional exigido em toda a União Europeia para motoristas de veículos pesados. Dependendo do tempo e do tipo de habilitação do profissional, o tempo de formação pode variar entre 30 e 140 horas. Vale lembrar ainda que em toda a União Europeia há uma série de regras de segurança e regulamentação, especialmente no segmento de transportes.


Uma série de fatores também são apontados como a causa do crescente déficit de caminhoneiros em Portugal. Destaque para a baixa remuneração no país que atualmente tem como base 630 euros (cerca de R$ 2.800,00). Em países como a Alemanha e França o valor base chega a dobrar. 

Segundo as empresas portuguesas, a idade mínima de 21 anos para ingressar na profissão também tem dificultado a contratação de novos profissionais. “Um hiato temporal indesejável entre o fim da escolaridade obrigatória e a possível entrada nesta profissão”, destacou a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, que atualmente representa mais de 200 empresas.

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