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PRF recupera cargas desviadas de transportadoras

Agência PRF/Divulgação
No dia 9 de junho de 2019, durante ações de combate ao roubo de carga, a Polícia Rodoviária Federal conseguiu recuperar duas cargas desviadas de transportadoras. As cargas, mais de 53 toneladas de doces finos e suco de uva destinados à exportação e avaliadas em R$ 304.000,00, estavam em duas carretas que usavam placas e documentos falsos para carregar e enganar as transportadoras. Quatro homens foram detidos e placas falsas foram encontradas nos veículos. 

A apreensão ocorreu em Cajati/SP, por volta das 7h30, na altura do km 516 Norte da Rodovia Régis Bittencourt, durante patrulhamento para se evitar roubos de carga. PRFs notaram duas carretas baú, uma de Londrina/PR e outra de Videira/SC, paradas no acostamento, em área onde costumeiramente há registro de ocorrências de furto e roubo de carga promovidos por alguns moradores lindeiros. Em contato com os motoristas e ajudantes, quatro homens no total, os PRFs notaram várias contradições em relação ao motivo da parada, e decidiram vistoriar os veículos. Dentro deles, além da carga descrita, os PRFs encontraram três placas que não eram daqueles estacionados. 

Os motoristas, num primeiro momento, não souberam indicar o motivo de estarem com placas extras no caminhão. Porém, depois, um dos motoristas acabou por admitir que, na verdade, as placas eram falsas e usadas para carregar os veículos nas transportadoras, sendo que, num segundo momento, elas eram removidas e substituídas pelas placas verdadeiros, dificultando a identificação durante a viagem com destino aos receptadores das cargas. 

Eles não admitiram seu destino final, mas estima-se que, pelo valor, tipo de mercadoria e quantidade, elas seriam entregues em grandes mercados na capital paulista. Contudo, os homens informaram que a carga foi desviada no Rio Grande do Sul e tinham, originalmente como destino, o mercado externo. 

Após o registro criminal por receptação e da apreensão dos caminhões, placas falsas e cargas, os quatro homens foram liberados para responder o inquérito policial em liberdade, pois não havia registro dos desvios das cargas. 


Entenda o esquema criminoso 
A quadrilha, usando caminhões e motoristas com placas e documentos falsos, cadastra-se nas transportadoras e carrega os veículos com a carga que tem interesse. 

Após o carregamento, os motoristas removem as placas falsas e documentos falsos, os entregam a outros membros da quadrilha e passam a viajar com placas e documentos verdadeiros e notas fiscais falsas. Como a transportadora desconhece o crime, o registro criminal não é feito. Ela só passa a acreditar que o crime ocorreu quando a carga não chega ao destino e o motorista não atende aos chamados telefônicos. Neste meio tempo, a carga é entregue ao receptador, que a revende como se fosse uma carga de origem legal. 

FONTE: Agência PRF

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