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Caminhoneiro faz selfie dentro de viatura após ser preso em SP: 'Injusto'

Um caminhoneiro se revoltou após ser preso durante uma manifestação da categoria, na quarta-feira (16), em Santos, no litoral de São Paulo, e fez uma selfie dentro da viatura, enquanto era levado para a delegacia com outros dois amigos. O registro inusitado foi publicado nas redes sociais e teve grande repercussão.
Segundo Graciano Araújo, de 47 anos, a situação aconteceu por volta das 7h de quarta-feira, na Via Anchieta. Segundo ele, os policiais entenderam que houve o descumprimento de uma liminar que proibia que os caminhões parassem cerca de 500 metros antes do fim do trecho administrado pela concessionária Ecovias.
"Havia um caminhão vindo, e dei sinal para ele ir em frente. Ele reduziu, mas não ficou nem 15 segundos parado. Dei o sinal para ele ir reto. Porém, havia um capitão da Polícia Rodoviária que achou que eu era do sindicato e nos enquadrou", diz.
No momento da abordagem, outros dois amigos se aproximaram. Um deles estava com uma camisa de um grupo existente em um aplicativo de mensagens. Porém, a roupa foi confundida com a do sindicato da categoria.
"Ele disse que tinha avisado que não era para ninguém do sindicato parar o caminhão. Meu amigo rebateu, afirmando que não éramos do sindicato, e ainda assim ele pediu para outros policiais nos prenderem, pois estávamos passando por cima da liminar", explica.
O caminhoneiro e os outros dois colegas foram levados na viatura para o 1º Distrito Policial da cidade e, depois, removidos para o 5º DP. No caminho, todos tiveram a iniciativa de registrar o momento em uma selfie dentro da viatura.
"Foi uma tentativa de mostrar para a população que três trabalhadores estavam sendo presos injustamente, sem chance de se defender. Não tinha vagabundo ali. Tinham que ter tido bom senso e conversado com a gente. Não deram chance de a gente se explicar", desabafa.
Os três foram soltos por volta das 15h, após a presença de um advogado do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam). Eles assinaram um termo se comprometendo a responder pelo descumprimento de ordem judicial em liberdade.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
FONTE: G1 
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