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Espanha enfrenta a falta de 5.000 caminhoneiros

A falta de motoristas profissionais na Europa se tornou uma realidade preocupante e crescente nos últimos anos. Recentemente transportadoras britânicas relevaram que enfrentam o mesmo problema.


Nesta semana a Associação dos Transportes Rodoviários Internacionais (ASTIC) da Espanha, anunciou a promoção de um acordo de colaboração com o Serviço Público de Emprego (SEPE) para a arrecadação de recursos para a formação de jovens motoristas com menos de 30 anos que estão desempregados.
O programa tem como principal objetivo reduzir os níveis de desemprego e garantir a formação de motoristas profissionais que serão disponibilizados para as transportadoras associadas a entidade. Estima-se que cerca de 5.000 motoristas profissionais serão necessários no próximo ano em toda a Espanha. 
Caso o acordo seja aprovado e colocado em prática, a SEPE será responsável pelo fornecimento de fundos para os programas de treinamento com base na necessidade de novos motoristas. Já a ASTIC será responsável por garantir a contratação dos motoristas profissionais recém-formados. "A profissionalização do setor de transporte rodoviário é fundamental para seu desenvolvimento e evolução, portanto, sempre apoiamos todos os projetos cujo objetivo seja agregar recursos ao setor", comentou o presidente da entidade, Marcos Basante. 
O diretor-geral da ASTIC, Ramón Valdivia, também comentou a iniciativa, "esses projetos são extremamente importantes, pois eles proporcionam a oportunidade de adquirir os conhecimentos necessários para o desempenho desta profissão, mas, acima de tudo, eles dão uma saída para um problema real e tangível, o desemprego juvenil ".  
Atualmente o transporte rodoviário internacional de cargas pela Europa exige profissionais qualificados que saibam conduzir com segurança veículos de 40 toneladas equipados com o que há de mais moderno em tecnologia atualmente. " Estamos enfrentando um problema de dupla inclinação, por um lado, a falta de motoristas e, por outro lado, o número de jovens que procuram emprego estável. Não podemos permitir que este problema continue ", concluiu Valdivia. 
A ASTIC estima ainda que a falta de motoristas alcance números ainda maiores em outros países, como por exemplo na França, onde a falta de motoristas já chega a 10.000. "Uma situação que se estende por toda a Europa", concluiu o presidente da Associação. 

TEXTO: Lucas Duarte
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