Facchini


Setor de transporte figura na pior colocação em estudo de condições de saúde

Um estudo da seguradora SulAmérica aponta que o segmento de transporte é o que oferece as piores condições de saúde para os trabalhadores. A pesquisa compreendeu 10 ramos de atividade econômica, e contou com a entrevista de mais de 40 mil segurados de 240 empresas, em dez capitais brasileiras. Para o ramo de transportes foram entrevistadas 2.735 pessoas de 30 a 39 anos, de 14 empresas diferentes.
O setor de transportes concentrou o maior número de índices críticos, somando posições negativas em sete indicadores (IMC – Índice de Massa Corporal, que avalia excesso de peso; Glicemia; Colesterol Total; Tabagismo; Consumo de Álcool; Infarto/AVC; e Escore de Framingham – tabela que indica o risco de infarto). Dos pontos negativos, o destaque ficou para o Colesterol Alto, verificado em 15% dos perfis analisados.
As incidências de sobrepeso e obesidade também estão muito presentes na vida dos segurados da carreira de transportes, com variação entre 49,8% e 63,4%, acima do percentual de 51 pontos estimados pelo Ministério da Saúde. Já os índices de Sedentarismo alcançaram elevadas taxas em todas as áreas, entre 54,6% a 69,5%, o que indica que mais de 50% da população pesquisada não pratica exercícios ou o faz eventualmente, estatística 20% superior ao dado mundial.
“Esse resultado pode ser atribuído, em grande medida, aos reflexos das condições de trabalho dos motoristas profissionais, que costumam passar longos períodos longe da família e em solidão, dormindo poucas horas por dia quando viajam. Falta de infraestrutura rodoviária e estímulos pecuniários para a diminuição do tempo de entrega da mercadoria, muitas vezes envolvendo cargas perigosas, são fatores que também contribuem para o desencadeamento de alterações das condições de saúde do indivíduo”, explica o superintendente de Gestão de Saúde, Gentil Alves.
Por outro lado, a categoria apresentou taxa de Estresse Moderado ou Alto de 29,5%, o segundo nível mais baixo do quesito dentre todas as atividades econômicas.
A pesquisa considerou mais de 15 variáveis como Pressão Arterial; Consumo de Álcool; Sedentarismo; Prevenção de Câncer; Estresse; Tabagismo; Glicemia; Colesterol Alto; IMC; entre outras. Os resultados foram divididos por Transporte; Atividades Profissionais; Comércio; Indústria da Transformação; Atividades Administrativas; Atividades Financeiras; Construção; Informação e Comunicação; Saúde; e Outros Serviços (associações e sindicatos ligados à cultura, arte e política).
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