RER Parts

O BR está preparado para o Conama P7?

O mercado rodoviário está em uma verdadeira contagem regressiva. Em poucos meses – a partir de janeiro de 2012 -, todos os caminhões terão que sair de fábrica com uma nova tecnologia, cujo objetivo é reduzir o índice de emissão de poluentes.
Neste cenário, as montadoras já apresentam ao mercado os veículos adequados ao Conama P7, lei brasileira equivalente ao Euro V. Com a nova determinação, os veículos movidos a óleo diesel devem reduzir em 60% as emissões de NOx (Óxidos de Nitrogênio – um dos responsáveis pela chuva ácida) – passando de cinco para dois gramas por quilowats hora – e diminuir em 80% os índices de material particulado, que deverá passar de 0,1 para 0,02 gramas.
No entanto, a principal dúvida surge quando o assunto é o combustível. Isso mesmo, caro leitor. Não será apenas o caminhão que terá que evoluir tecnologicamente. O diesel também deverá ser “mais limpo”.
Com isso, em 2012, os combustíveis S50 e S10, com 50 e dez partes por milhão de enxofre, respectivamente, devem ganhar cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Hoje, o mais usado em todo o País é o S500.

Sendo assim, o mercado teme um possível déficit na produção do produto para atender a demanda. Entretanto, Roberto Leoncini, diretor geral da Scania no Brasil, diz que o setor pode ficar tranquilo.
“A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) tem nos garantido que todos os setores envolvidos neste processo estão fazendo sua parte. O que falta, em minha opinião, é divulgar as ações realizadas para, assim, tranquilizar o mercado”, afirma.
Questionado sobre o custo que este diesel mais limpo custaria ao transportador, o executivo afirma que isso ainda não foi definido. Além do combustível, um novo componente fará parte da realidade dos pesados brasileiros: o Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo, composto por 32,5% de ureia diluída em água desmineralizada).
Trata-se de um composto a base de uréia que, quando submetido a uma alta temperatura do escape, se transforma em amônia e se mistura aos gases produzidos pela queima do combustível. Esta mistura é transportada até o catalisador, onde os NOx se transformarão em nitrogênio e vapor de água, substâncias que não poluem o meio ambiente.
De acordo com Celso Mendonça, gerente de engenharia de vendas da fabricante sueca, este produto não deverá gerar muitas preocupações ao motorista. “A autonomia do Arla 32 é muito grande, aproximadamente um tanque a cada mil litros de diesel”, destaca. Segundo o executivo, o produto não deverá ser importado. Ele destaca que a Fosfértil, empresa que atua no mercado de fertilizantes, possui know how para produzir o produto no Brasil. O valor de comercialização ainda não foi definido.
“O País está se preparando para a nova norma ambiental. Ao que tudo indica, tudo será feito com racionalidade. Estamos dando um importante passo para a evolução tecnológica dos caminhões”, finaliza Leoncini.

Nunca publique suas informações pessoais, como por exemplo, números de telefone, endereço, currículo etc. Propagandas, palavras de baixo calão, desrespeito ou ofensas não serão toleradas e autorizadas nos comentários.

NOTÍCIA ANTERIOR PRÓXIMA NOTÍCIA