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Cummins obtém recorde de crescimento

No último ano, a Cummins do Brasil bateu recorde de produção com 96 mil motores fabricados no País. O número superou em 57% as 61 mil unidades alcançadas em 2009. Segundo a empresa os dados são expressivos, pois há de se considerar, que o País vinha de uma crise mundial. No comparativo com 2008 o aumento foi de 11,6%
Os principais mercados da companhia também obtiveram bom desempenho com uma ascensão mundial de 46%, o que representou a fabricação de 887 mil motores. Os Estados Unidos foram os maiores produtores com 245 mil unidades, na sequência vieram China (210 mil), Brasil (96 mil), Japão (77 mil) e Europa com 49 mil.

Com esta produção o Grupo chegou a uma arrecadação bruta de U$ 13,2 bilhões, o que representou uma alta de 23% em relação à receita de U$ 10 bilhões atingida em 2009.

Embora seja o maior fabricante da marca, os Estados Unidos perderam espaço no faturamento e hoje não são mais os responsáveis pela maior parte do lucro da companhia, o país representa 40% da soma, enquanto o restante do mundo 60%.


Luis Afonso Pasquotto, vice-presidente da coorporação América Latina, avalia esta tendência de forma positiva. “Isso é uma coisa boa, porque o peso dos norte-americanos era bem maior, esse número demonstra que estamos mais independentes”, afirma.
Na região sob responsabilidade do executivo, a empresa acumulou U$ 1,3 bilhão de faturamento, e teve um desempenho 36,1% superior aos 962 milhões registrados no ano anterior. Deste montante, a maior parte foi referente ao segmento de motores com 65%, seguido por distribuição (18%), geradores de energia (10%) e componentes com 7% de participação.
Em relação ao mercado brasileiro, os produtos que tiveram o maior market share foram os motores de caminhão com um índice de 37%. No comparativo do período, o setor alcançou um incremento de 59% na produção com 68.986 unidades ante as 43.944 do ano anterior.
A companhia acredita que para manter uma expansão de mercado é necessário um domínio cada vez maior da cadeia de produção. Por isso a fabricante também investe nas soluções de emissão de gases e geradores de energia. Para Pasquotto esse fator pode ser decisivo. “Entendemos que é estratégico, pois não dependemos de outras empresas. Estamos completos e desenvolvendo todo o ciclo”, explica.

Investimentos: do Arla 32 à geração de energia
Com pretensão de crescer 10% neste ano, a Cummins tem ampliado sua área de atuação em muitos segmentos. Os novos empreendimentos da empresa englobam desenvolvimento de pesquisa, geração de energia e adequação de seus produtos a exigência do Proconve P7, norma que visa a diminuição de gases prejudiciais ao meio ambiente em veículos a diesel e entrará em vigor a partir de janeiro de 2012.
No ano passado, a companhia gastou R$ 4,5 milhões para inaugurar um laboratório de EBU (Engine Business Unit) e outros R$ 3 milhões na unidade de “Desenvolvimento da Cummins Filtration” centrada na análise de matriz energética, ambos no Brasil.
Segundo Pasquotto, o foco de pesquisa em engenharia e tecnologia do Grupo no País aponta para uma nova tendência de investimentos do tipo. “Isso mostra que cada vez mais, não só a Cummins, mas outras empresas também estão vendo o Brasil como um centro de excelência em desenvolvimento tecnológico”, relata.
A coorporação também está atenta à norma brasileira de emissão de gases poluentes que começa a valer a partir do primeiro mês do ano que vem. A fabricante além de adequar os motores a Proconve P7, também produzirá o composto Arla-32 (Agente Redutor Liquido de NOx Automotivo), cuja a matéria prima é a uréia, e o disponibilizará em galões, tambores e contêineres com capacidade de quatro à mil litros.
A companhia já está desenvolvendo os motores com SCR (Redução Catalítica Seletiva), que usam um sistema fora do motor para a redução na emissão de poluentes, mais precisamente no silenciador do auto. A previsão é de que algumas montadoras testem o produto a partir de outubro deste ano e que a produção nacional possa atender os consumidores a partir de 2012.
Quando indagado sobre o abastecimento do novo combustível no Brasil, a fabricante respondeu que há preocupação que algumas praças não o tenham disponível na sequência de sua implantação. As regiões Norte e Nordeste devem ser as com menor oferta, de acordo com a empresa. Porém, a Cummins ressalta que o motor é robusto e pode receber o outro composto sem efeitos danosos imediatos, mesmo assim não é recomendado o uso prolongado do mesmo.
Outro alvo que a corporação visa é a geração de energia. Com um crescimento mundial de 21%, a empresa quer cada vez mais expandir este setor, considerado com um grande potencial por Pasquotto. “Este mercado explodirá. A oferta no segmento não avança junto com o PIB, então o gap é cada vez maior e estamos preparados para atendê-lo”, ressalta.
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