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Reprodução/TikTok |
Transportadoras de SP e GO venceram licitação e assumiram o transporte de combustíveis para a VIBRA Energia em Betim (MG); transportadores locais temem demissões em massa
Parte dos transportadores de combustíveis do estado de Minas Gerais que até a última semana atendiam a base da VIBRA Energia, localizada em Betim (MG), e popularmente conhecida como BABET, iniciaram nos últimos dias, uma paralisação das atividades e protestos em frente a unidade. As manifestações foram desencadeadas logo após o encerramento dos contratos de transporte e chegada de duas grandes transportadoras dos estados de São Paulo e Goiás.
Nesta quinta-feira (02) e sexta-feira (03) os protestos que ocorrem em frente a unidade localizada às margens da Rodovia Fernão Dias (BR-381/MG), foram marcados por bloqueios da entrada e saída de caminhões, manifestações por meio de discursos, depredações de caminhões das novas empresas contratadas e até mesmo princípio de confronto com policiais militares de Minas Gerais.
De acordo com os manifestantes, o fim dos contratos atinge inicialmente cinco transportadoras da região de Betim que até então atendiam a distribuidora. O temor é de que com isso, ocorram demissões em massa. As empresas alegam ainda uma concorrência desleal por parte das novas transportadoras oriundas de outros estados.
Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (03), a VIBRA Energia explicou que possuía um contrato de três anos com as transportadoras locais, vigente até o último dia 30 de setembro de 2025. O documento trazia ainda a possibilidade de renovação por mais dois anos consecutivos, entretanto a distribuidora optou por não renová-lo. Em seguida, foi aberto um amplo processo de licitação para a contratação de novas transportadoras para atendimento da BABET. Ao todo, 18 empresas foram convidadas a participar, incluindo as transportadoras de Betim (MG). Porém, segundo a VIBRA, as empresas locais não apresentaram propostas dentro do prazo estabelecido.
Atendendo a um pedido da própria VIBRA Energia, a Justiça de Minas Gerais concedeu uma liminar proibindo qualquer tipo obstrução na portaria da empresa e determinou a liberação imediata da circulação de caminhões no local. A decisão prevê inclusive multa em caso de descumprimento da medida.
Já os transportadores locais afetados pelo encerramento do contrato com a distribuidora, seguem reivindicando novas reuniões e até mesmo o cumprimento da prorrogação do antigo serviço por mais dois anos consecutivos.
Até o início da tarde desta sexta-feira (03) as manifestações seguem acontecendo na porta da distribuidora. Porém, após notificação de oficiais de justiça e intervenções da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que inclusive segue presente no local, parte do fluxo de caminhões na distribuidora foi retomado.