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Acusados exigiam pagamentos em dinheiro e até via PIX em troca da não aplicação de multas; investigações apontam a movimentação de R$ 140 mil entre dezembro de 2024 e agosto de 2025
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná deflagrou na última terça-feira, 7 de outubro, duas operações em conjunto para apuração de possíveis crimes praticados por policiais rodoviários estaduais contra caminhoneiros. Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra os investigados.
Na segunda fase da Operação Rota 466, o Núcleo de Guarapuava do Gaeco, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, três mandados de busca pessoal, um mandado de prisão e arresto de bens e contas bancárias. As buscas foram cumpridas nas cidades de Guarapuava (PR), Imbituva (PR), Ponta Grossa (PR), Laranjeiras do Sul (PR), Guaraniaçu (PR) e Pitanga (PR). Os policiais foram afastados das funções operacionais.
De acordo com as investigações, os agentes exigiam propina de condutores flagrados por infrações de trânsito ou de pessoas que trabalhavam com salvamento de cargas tombadas, configurando possíveis crimes de concussão, corrupção passiva e lavagem de ativos. Além disso, foram descobertas outras pessoas físicas e jurídicas que realizavam a lavagem dos valores de propina por meio de contas bancárias próprias, que também foram alvos de busca. Um ex-comandante do Posto de Polícia Rodoviária de Guarapuava, que já tinha sido alvo de primeira fase da operação, foi preso preventivamente. Após a deflagração das investigações, descobriu-se que ele praticou inúmeros outros crimes de corrupção, recebendo pelo menos R$ 47 mil de propina, além de ter tentado atrapalhar as investigações, dificultando a colheita de provas.
Já na operação Via Pix, o Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco, também com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em residências e postos policiais nos municípios de Ponta Grossa (PR), Castro (PR), Piraí do Sul (PR), Telêmaco Borba (PR), Jaguariaíva (PR), Arapoti (PR), Wenceslau Braz (PR) e Siqueira Campos (PR). As ordens judiciais foram expedidas pela Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual, que também determinou o afastamento das funções operacionais de sete policiais rodoviários estaduais, além do bloqueio de contas bancárias.
Segundo as investigações iniciadas em março de 2025, a partir de informações fornecidas ao Ministério Público pelo 4º Comando Regional da Polícia Militar, após ser procurado por motoristas profissionais que relataram extorsões de policiais rodoviários na região de Piraí do Sul (PR). A apuração revelou uma estrutura sofisticada de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo os policiais militares, empresas e civis. Durante a fiscalização das rodovias estaduais, em blitz ou em frente aos postos policiais, os investigados exigiam vantagens indevidas de motoristas sob os mais diversos pretextos, muitos deles sem qualquer base legal, e somente liberavam os veículos após o pagamento, que poderia ser em dinheiro ou por meio de transferências bancárias por PIX, geralmente para contas “laranjas” de empresas e civis. Também foi possível identificar quase uma centena de motoristas que fizeram pagamentos por exigência dos policiais, e parte dessas pessoas já foi ouvida durante a investigação.
Somente com base nas contas bancárias identificadas até agora, entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, os investigados receberam ilegalmente em torno de R$ 140 mil por meio de pagamentos por PIX.
Com informações: MPPR
E pq ninguém e preso no Pará??
ResponderExcluirPq o GAECO não vai fazer investigação lá ?
La vai prender até o gove.......o kkk