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Exportações de caminhões evitaram uma queda ainda maior nos volumes de produção, segundo a ANFAVEA; cenário de retração deve se manter no restante do ano
Diretamente impactada pela baixa procura por caminhões zero quilômetro, acarretada principalmente pela elevada taxa de juros, a indústria brasileira de caminhões encerrou o mês de agosto registrando queda em todos os comparativos. A informação é confirmada pelo balanço oficial da Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA).
De acordo com o balanço oficial da entidade, 10,1 mil caminhões foram produzidos em todo o Brasil no mês de agosto, queda de -16,3% em relação ao registrado no mês de julho quando 12,1 mil exemplares foram montados. Já no comparativo com agosto de 2024, quando 13,1 mil caminhões foram montados, a indústria registrou agora uma queda significativa de -22,9%.
Já no acumulado do ano, ou seja, de janeiro a agosto, 88,5 mil caminhões foram produzidos em todo o país, o que representa uma retração de apenas -1% em relação ao acumulado registrado de janeiro a maio de 2024, quando 89,4 mil unidades foram montadas.
"É um cenário desafiador do mercado doméstico (...) Se não fossem as exportações, nós teríamos uma queda muito maior. As exportações cresceram 90% e isso fez com que não caíssemos ainda mais" destaca Igor Calvet, presidente da ANFAVEA. "A correlação de caminhões, sobretudo de pesados, é muito grande com o PIB. Então nós temos um ano em que o PIB está crescendo, safra recorde e mesmo assim o mercado de caminhões, tanto produção, quanto emplacamentos, não está deslanchando. Não há razão mais forte para isso do que taxa de juros", explica.