Facchini

Europa registra falta de 425.000 motoristas de caminhão

IRU/Divulgação

Falta de profissionais deve crescer mais 14% até o final de 2022; Déficit de motoristas de ônibus chega a 17.000 profissionais

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Aumentos salariais, oferta de bônus, aquisição de caminhões mais novas, investimento na formação de novos profissionais e até mesmo a contratação de estrangeiros não têm sido medidas suficientes para conter a desafiadora e crescente falta de motoristas na Europa. 


Dados recentes da International Road Transport Union (IRU) revelam que o velho continente encerrou o ano de 2021 registrando um déficit de 425.000 motoristas de caminhão, número que deve crescer mais 14% até o final deste ano. Já o transporte público de passageiros na Europa também enfrenta uma situação similar, prova disso são as 17.000 vagas de para motoristas de ônibus em aberto, número que deve aumentar 8% até o fim de 2022.

O levantamento da entidade é baseado no mercado de trabalho de países como a Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Lituânia, Polônia, Reino Unido e Romênia.


Mulheres seguem sendo minoria na profissão
A nova pesquisa da IRU também mediu a participação das mulheres na profissão. Segundo o novo levantamento, menos de 3% dos motoristas de caminhão eram mulheres em 2021 em todas as regiões, com exceção da China e dos Estados Unidos, países onde 5% e 8% de todos os profissionais do volante, respectivamente, são mulheres.


Desinteresse dos mais jovens
Segundo a IRU, o também crescente desinteresse dos mais jovens em se tornarem motoristas profissionais está se tornando uma verdadeira bomba-relógio demográfica. Em 2021, os motoristas jovens com menos de 25 anos continuaram sendo minoria, representando cerca de 6 a 7% da população de caminhoneiros, na maioria das regiões analisadas. Por outro lado, há entre duas e cinco vezes mais motoristas com mais de 55 anos em todas as regiões, exceto China e México. Nos Estados Unidos e na Europa, os motoristas mais velhos representam cerca de um terço da força de trabalho. Além disso, a Europa tem a idade média mais alta do motorista, 47 anos. 


Causas da falta de motoristas
Por fim, a mais recente pesquisa da IRU constatou novamente que a falta de motoristas qualificados segue sendo a principal causa do crescente déficit de profissionais em todas as regiões analisadas, exceto na China e na Turquia, que citaram as condições dos motoristas e a imagem da profissão, respectivamente, como as principais causas.  

As operadoras de transporte rodoviário estão fazendo sua parte, mas governos e autoridades precisam manter o foco, principalmente para melhorar a infraestrutura de pontos de parada e descanso, capacitar o acesso e incentivar mais mulheres e jovens para a profissão”, conclui o secretário-geral da IRU, Umberto de Pretto.


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