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Duplicação da Serra do Cafezal reduz de forma expressiva o número de acidentes, atropelamentos e mortes

Projeto de duplicação da Serra do Cafezal priorizou a preservação da Mata Atlântica - Foto: ANTT/Divulgação

Segundo a ANTT, número de colisões frontais caiu 81%; tempo de descida de caminhões passou de 3 horas para 25 minutos no trecho da Régis Bittencourt

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Por meio de um balanço oficial divulgado na última semana, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou uma queda expressiva no número de acidentes, atropelamentos e mortes na Serra do Cafezal, localizada no trecho da BR-116/SP/PR. A redução no número de ocorrências no trecho administrado pela concessionária Autopista Régis Bittencourt é resultado das obras de duplicação da via, que neste ano completam cinco anos de conclusão.

De acordo com a ANTT, no comparativo entre quatro últimos anos antes da duplicação (2014 a 2017), e os quatro primeiros após a entrega da obra (2018 a 2021), o número de colisões frontais, mais comuns em pistas simples, caíram 81% e nenhuma fatalidade foi registrada. Já as colisões traseiras foram reduzidas em 38% e colisões laterais, 48%. 


A implantação de passarelas e campanhas de conscientização de motoristas e pedestres também reduziram em 45% o número de atropelamentos no trecho de serra. As intervenções na rodovia também priorizam os animais. Prova disso foi a implementação de passagens de fauna para a travessia segura de animais silvestres. O recurso zerou os acidentes e fatalidades envolvendo animais na rodovia federal.

O transporte rodoviário de cargas também vem sendo beneficiado pela duplicação do trecho. Segundo a ANTT,  o tempo médio de descida por veículos pesados passou de 3 horas para 25 minutos, graças ao novo traçado. Além disso, no km 353 da pista sentido Curitiba (PR), os motoristas também passaram a contam com uma área de escape, dispositivo que permite a parada segura para veículos que perderam a capacidade de frenagem. Desde a inauguração, o dispositivo já salvou 72 vidas.


Preservação ambiental
Por cortar a Mata Atlântica, um dos biomas em situação de preservação mais delicada no País, o projeto da Serra do Cafezal seguiu rigorosos processos de licenciamento ambiental. Além de aproveitar a pista já existente, os novos segmentos foram criados de modo a mitigar impactos, preservando ao máximo a natureza da região, que conta com reservas estaduais e corredores ecológicos. Além desse cuidado, com as passagens de fauna, além de evitar atropelamento de animais, é possível que indivíduos transitem entre diferentes fragmentos da Mata Atlântica e tenham mais chances de se produzir, preservando dezenas de espécies.


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