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Salários anuais de US$ 70 mil não atraem novos motoristas nos Estados Unidos

Pdidiesel
Não é novidade para ninguém que ao longo dos últimos os Estados Unidos vêm enfrentando uma crescente falta de caminhoneiros. Segundo o levantamento mais recente da  American Trucking Associations (ATA), existe atualmente um déficit de 51 mil profissionais em todo o país.

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Apesar dos altos salários anuais que variam entre US$ 70 mil e US$ 75 mil, valor superior a média salário do trabalhador norte americano que é de US$ 44 mil anuais,  a crescente falta de caminhoneiros é justificada pela desinteresse de novos profissionais em seguir a carreira de motorista, especialmente pelo longo período fora e distante de casa e pelas barreiras impostas pela legislação. Atualmente a idade para realizar viagens interestaduais como motorista profissional é de 21 anos.

"O que acontece é que, quando os alunos terminam o ensino médio com 18 ou 19 anos, procuram outras profissões antes de cogitarem serem motoristas de caminhão, já que não podem entrar (nessa profissão) por causa da idade. Com isso, o setor perde muita gente que nem sequer pensou na possibilidade. Embora seja um trabalho muito bom e que pode ser muito bem remunerado", destacou Chris Thropp, diretor de operações da Sages Schools, autoescola para motoristas de caminhão em entrevista recente a BBC Mundo.

"Ser caminhoneiro é um trabalho árduo, sacrificado. Você precisa lidar com o trânsito, com as entregas e ficar longe da família", narra Wiederhold, casado há 35 anos e pai de duas filhas. "Eu era caminhoneiro antes de a gente se casar, então ela sabia mais ou menos no que estava se metendo. Às vezes, é difícil. Não é um trabalho normal das 9h às 17h", completou o caminhoneiro também em entrevista a BBC Mundo.


Afim de driblar o atual cenário, transportadoras norte-americanas passaram a elevar salários e a oferecer bônus e pacotes de benefícios aos motoristas.

“Está difícil como sempre foi encontrar motoristas", disse ao jornal americano The Washington Post, o economista da ATA, Bob Costello. "As empresas estão fazendo todo o possível para atraí-los: aumentam os salários e a frequência das folgas, mas isso significa que não estão dirigindo tantos quilômetros."

Para o presidente da Associação de Proprietários e Motoristas de Caminhões Independentes (OOIDA), Todd Spencer, entretanto, não há, realmente, uma escassez.

"Há um segmento da indústria de transporte que tem problemas para manter os caminhoneiros. São as mesmas pessoas que dizem que faltam motoristas de caminhão. Mas quando você olha quantos caminhoneiros existem, há uma rotatividade de 94%. O que acontece é que eles têm um problema enorme de retenção", explica ele para quem a alta rotatividade se deve à falta de incentivos.

"Há uma combinação de condições de trabalho: o pagamento e os benefícios não são muito atraentes por muito tempo", pondera. "As empresas estão oferecendo bônus altos aos caminhoneiros, mas a verdade é que você só tem acesso a esse dinheiro se ficar na empresa por um longo tempo."

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Com informações: Yahoo Finanças
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