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Greve de caminhoneiros apoiada pela CUT não se concretiza nesta segunda-feira

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A suposta paralisação nacional de caminhoneiros, marcada para esta segunda-feira, 16 de dezembro e apoiada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL), instituição ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) perdeu força e não se concretizou em nenhum trecho rodoviário do país.

Dentre os fatores apontados para o fracasso do movimento está o cunho político do movimento. Pelas redes sociais, local em que grande parte das mensagens sobre a suposta paralisação circularam, era possível notar uma grande divisão política e uma significativa insatisfação e resistência com a aproximação de entidades de esquerda.

Pelas redes sociais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou a inexistência de qualquer paralisação, protesto ou bloqueio nas rodovias federais de todo o país. "A PRF informa que NÃO há nenhum ponto de bloqueio, ponto de concentração ou manifestação de caminhoneiros nas rodovias federais em todo o país." destacou a corporação na publicação.

As concessionárias que administram as principais ligações rodoviárias do país também não registraram qualquer tipo de manifestação nos trechos concedidos.

A possibilidade de greve já era considerada como mínima pelo governo federal desde a última semana, conforme declaração dada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, em coletiva de imprensa. 

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Nesta segunda, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que acredita que está descartada uma greve nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018.

“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas, não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente. Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”, disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no Ministério da Infraestrutura, em Brasília.

De acordo com o ministro, o governo tem mantido um excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou, neste ano, seis encontros do Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário De Carga (Fórum TRC). No início de dezembro, foi realizada a 35ª reunião do grupo  que representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 1.584 sindicatos e 75 federações.

Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das condições de trabalho e renda da categoria, o ministro Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a obrigação de concessionárias construírem pontos de parada e descanso em rodovias. Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema de documentação de transporte eletrônico e uma resolução que trata do código identificador da operação de transporte. “Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento portuário automático, diminuir a necessidade de ter atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou.

TEXTO: Lucas Duarte
Com informações: Agência Brasil
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