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70% das empresas avaliam aquisição de frota própria ou uso de outros modos de transporte

Uma pesquisa feita recentemente pela consultoria Integration, relevou que quase 70% das companhias estudam estratégias diferentes para transportar suas mercadorias, como a aquisição de frota própria, uso de outros modos de transporte (ferroviário e marítimo) e até a compra de transportadoras.

De acordo com as 27 grandes companhias ouvidas durante a pesquisa, cujos gastos com frete chegam a R$ 2 bilhões por ano, essas alternativas estão sendo avaliadas em virtude das inúmeras incertezas em torno da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (Lei nº 13.703, de 08 de agosto de 2018), conhecida popularmente como tabela de fretes.

Segundo o levantamento da Integration, a busca por alternativas é justificada por 55% das empresas, que esperam aumento superior a 20% nos gastos com transporte e logística. Dentre as alternativas, a aquisição de frota própria é a mais comum. 

Do total de companhias ouvidas, 57% afirmaram que estão tentando criar uma frota interna de caminhões. A estratégia foi adotada, por exemplo, pelo grupo JBS que comprou 360 caminhões em agosto. Já a Amaggi, uma das maiores empresas brasileiras do agronegócio, confirmou recentemente a aquisição de 300 caminhões que começarão a ser entregues em fevereiro de 2019.

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Para especialistas do segmento, a aquisição de frota própria pode ser "um tiro no próprio pé". “A opção de adquirir frota própria pode colocar as empresas num problema maior”, diz João Moretti, sócio da Agrega Tech, empresa de soluções logísticas. Ou seja, a formação de uma frota implica na geração de novos custos, como por exemplo, de manutenção e de pessoal. 

Entretanto, 49% das empresas ouvidas pela consultoria Integration revelaram que a aquisição de frota não é a única alternativa e que estão procurando diversificar a matriz de transportes, inserindo hidrovias, ferrovias e cabotagem no planejamento, reduzindo assim a dependência pelo transporte rodoviário de cargas que hoje é responsável pela movimentação de 60% de tudo que é produzido no Brasil.

TEXTO: Lucas Duarte
Com Informações: Estadão Conteúdo
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