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Caminhoneiros começam a ficar presos em atoleiros na BR-163

Com a chegada da temporada de chuvas, velhos problemas de infraestrutura rodoviária, provocados pela ineficiência e má gestão especialmente do governo federal voltam a tona. Dentre estes problemas, destaca-se os velhos e conhecidos atoleiros da BR-163 no estado do Pará. 
No último final de semana, centenas de caminhoneiros já relataram problemas e atoleiros em trechos da rodovia federal que corta os municípios de Santa Júlia, Moraes Almeida e Novo Progresso, no Pará. Em sua grande maioria, são motoristas que saem de Mato Grosso, levando grãos até o porto de Miritituba, localizado no estado paraense. Segundo relatos, os caminhoneiros ficaram presos nos atoleiros durante todo o sábado (17), o movimento na rodovia começou a ser restabelecido somente após as 23h. 
Dos 710 quilômetros da BR-163/PA, localizados desde a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba/PA, apenas 637 quilômetros já foram pavimentados. Especialmente no período de chuvas, o trecho sem pavimentação é monitorado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), oficiais do Exército e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
De acordo com o boletim mais recente do órgão federal (DNIT), no período de chuvas intensas, as obras concentram-se basicamente em serviços de manutenção, para garantir a trafegabilidade na rodovia. São realizadas ações de recomposição do revestimento primário da pista e de drenagem, além de colocação de rocha. O próximo período chuvoso está previsto para iniciar em novembro/2018.
Ainda segundo o DNIT, a conclusão integral da pavimentação do trecho entre a divisa dos estados de Mato Grosso e Pará até a cidade de Santarém/PA está estimado em R$ 2,55 bilhões de reais. Já o planejamento do órgão prevê a conclusão da pavimentação do corredor até o distrito de Miritituba/PA em 2019.

Atoleiros anteriores
No início deste ano, mais precisamente em fevereiro, milhares de caminhoneiros ficaram parados a mais de uma semana no trecho não pavimentado da BR-163. Além da fila que ultrapassava a marca de 22 quilômetros, foi registrado a falta de alimentos e água potável. 

TEXTO: Lucas Duarte
Caminhões e Carretas 
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