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Conheça os 5 maiores mitos sobre a mecânica de caminhão

Como todo bom caminhoneiro, você quer cuidar da sua máquina da melhor maneira possível, certo? Afinal, é ele seu grande companheiro de trabalho que precisa sempre estar em dia para ser confiável e trazer lucros para casa.
O problema é que vários costumes antigos a respeito da mecânica de caminhões já não são mais necessários e, pelo contrário, não trazem benefícios para o caminhão.
Veja os 5 mitos mais contados por nossos colegas de profissão:

Descer no ponto morto economiza combustível
Negativo. Com a invenção da injeção eletrônica, presente em praticamente todos os caminhões atuais ao redor do mundo, ao encarar uma descida utilizando o freio motor o sistema identifica que você não está acelerando e corta a injeção de diesel, o chamado “cut off”. Assim, quando o caminhão desce a ladeira com uma marcha engatada sem que você acione o acelerador, o consumo será nulo, pois a própria inércia do veículo irá manter o motor girando sem a necessidade de combustível.
Agora, se você colocar em ponto morto, ou “na banguela”, como alguns dizem, a injeção terá de injetar combustível para que o motor permaneça girando. Em outras palavras: descer na banguela consome mais diesel, além de sobrecarregar mais o freio, que terá de ser usado com mais intensidade para não deixar o veículo embalar, se tornando uma prática menos segura. Evite o ponto morto!

Esperar o motor aquecer ajuda em sua conservação
A prática de esperar 10 ou 15 minutos com o veículo ligado antes de iniciar uma viagem é coisa do passado. Esse hábito vem de uma era anterior aos sistemas eletrônicos, como a injeção eletrônica. Com essa tecnologia atual, a injeção consegue dosar a quantidade certa de combustível para uma condição de motor frio ou em situação ideal de temperatura.
Os óleos lubrificantes, por sua vez, passaram a contar com especificações que suportam trabalhar com viscosidades diferentes dependendo da temperatura, o que serve para lubrificar corretamente, independente de o motor estar quente ou não. Já os demais componentes, como freios ou transmissão, só serão aquecidos com o veículo em movimento, de qualquer forma. Antes de partir, deixe o caminhão ligado apenas tempo suficiente para encher os balões do freio de ar. Desse modo, você economiza combustível e tempo.
Dar uma “aceleradinha” ao ligar o veículo faz bem
Outro hábito antigo relacionado à mecânica de caminhões é acelerar o veículo ao dar a partida. Ele vem da época dos carburadores, que muitas vezes falhavam e dificultavam a partida do motor. O problema é que, exatamente no momento em que o motor liga a bomba de óleo ela ainda não está funcionando de maneira adequada a fim de lubrificar corretamente todo o motor.
Desse modo, ao acelerar, o giro do motor sobe, ocasionando um atrito desnecessário entre os componentes internos, que ainda carecem da chegada do óleo. Com a injeção eletrônica, a dificuldade de dar a partida praticamente acabou; portanto, gire a chave sem acelerar.

Acelerar antes de desligar lubrifica melhor o motor
O hábito de acelerar o caminhão antes de desligar também vem desde a época dos carburadores. Com essa prática, esse sistema agora praticamente extinto ficava com combustível a mais, o que facilitava a partida posteriormente. Alguns acreditam que também ajudava o óleo a circular pelas partes internas do motor, lubrificando melhor. No entanto, quando o veículo fica parado, o óleo tende a escorrer para a parte mais baixa e se assenta, não sendo benéfico para a próxima partida. Ainda, o maior problema de acelerar antes de desligar é elevar o giro do motor, consequentemente acelerando a turbina, que gira em rotações elevadíssimas.
Com o corte da ignição em seguida, pode haver dano a esse sistema, pois a turbina continuará a girar por inércia, mas sem a lubrificação adequada. Isso reduz a vida útil do componente e pode até quebrá-lo. A maneira correta de desligar o veículo é parar o caminhão e esperar em torno de 30 a 60 segundos até que a turbina perca a velocidade para, só então, desligar o motor sem tocar no acelerador.

Pulverizar o chassi com óleo de mamona evita corrosão
Após lavar o caminhão você costuma pulverizar o chassi com óleo de mamona a fim de preservar o veículo de corrosões? É melhor deixar essa prática de lado. O óleo de mamona ajuda a adesão poeira, minério e sujeiras, funcionando como um tipo de cola, o que é prejudicial para os componentes do veículo.
O óleo pode ainda ressecar materiais emborrachados, como mangueiras e vedações do veículo. A própria tinta do chassi é um agente isolante anticorrosivo. Quer garantir a saúde da estrutura do seu caminhão e manter sua mecânica sempre em funcionamento? Mantenha-o sempre limpo, utilizando produtos neutros e adequados e, em caso de dano na pintura, realize rapidamente o reparo.
FONTE: Forlan Caminhões 
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