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Caminhoneiros descartam repassar reajuste do diesel em fretes

Transportadoras e motoristas da região já sentem o impacto do aumento de 4% do diesel, anunciado na última terça-feira (29) pela Petrobras. Para empresários, repassar o reajuste ao consumidor é arriscado devido à grande concorrência no setor.
Gerente de logística de uma transportadora de São Carlos (SP), Marcelo César explicou que a empresa terá que arcar com os novos gastos, pois já tem fretes fechados e não pode subir o preço por causa do contrato.
“Além de estar essa crise no país, ainda tem mais esse aumento, fora os prejuízos que a gente já vem somando", disse. Segundo ele, no mês de setembro a empresa fechou com um movimento 25% menor em relação a agosto.
Com a grande concorrência, os caminhoneiros não podem repassar os aumentos para os clientes. “Temos que ir negociando, empurrando com a barriga. A concorrência está grande, um monte de motorista parado, aí não podemos aumentar. Ou trabalho de graça, ou fico parado", disse o motorista Adilson Galindo.
O motorista Pedro Henrique Pontes concorda que a situação gera uma concorrência desleal. “Se repassa para os clientes, aí eles acham outros mais baratos, não tem o que fazer. Com certeza vamos perder dinheiro”, disse.

Impactos
Para o representante do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Araraquara e Região (Setcar), Edson Luís Sônego, o rejuste prejudica os negócios com impactos financeiros para quem trabalha com transporte. “Esse ano já aumentou 7,4%, acima de uma inflação de 6,8% de janeiro a setembro", explicou.
O aumento de 6% no valor da gasolina também desagradou a população em geral e muitos estão preocupados. “É um absurdo, subiu demais, nesses últimos  tempos estão subindo coisas que nosso salário não está dando para pagar”, disse o assistente técnico Alex Brito.
O bispo Cristiano Barbosa também é contra o novo aumento. “Prejudica muito a gente, daqui a pouco não vai ter nem como andar mais de carro”.
FONTE: G1 
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