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MAN aprova proposta para congelar salários e programa de demissões

A MAN, fabricante dos veículos comerciais da marca Volkswagen, fechou acordo trabalhista para reduzir custos e excesso de mão de obra na fábrica de Resende (RJ), após revisar uma primeira proposta rejeitada pelos trabalhadores na segunda-feira.
O plano, aprovado em assembleia dos operários realizada na tarde de hoje, prevê congelamento de salários no ano que vem e a abertura de um programa de demissões voluntárias para reduzir um excesso de mão de obra que, segundo informa o sindicato local, chega a 1,5 mil trabalhadores — cerca de 30% do pessoal.
Para aprovar a proposta, a MAN melhorou as compensações oferecidas aos funcionários em relação ao plano rejeitado na segunda-feira. Segundo informações do sindicato dos metalúrgicos da região, a montadora aumentou de R$ 2 mil para R$ 2,5 mil o abono que será concedido em troca da falta de aumento salarial em 2015. A empresa também acertou o pagamento de participação nos lucros e resultados (a PLR) de R$ 5 mil, com primeira parcela de R$ 4 mil prevista para 15 de maio e o restante, R$ 1 mil, a ser pago em 15 de janeiro de 2016. A proposta anterior não previa pagamento de PLR.
O plano aprovado hoje manteve a indenização adicional de R$ 4 mil a R$ 5 mil aos trabalhadores que deixarem a fabricante pelo programa de demissões voluntárias.
Também prevê que a cada quatro semanas a MAN poderá dar dois dias de folga sem remuneração aos trabalhadores. A montadora poderá ainda reduzir em até 10% a jornada de trabalho, com corte proporcional nos salários.
A medida tem como objetivo adequar a produção e custos trabalhistas à derrocada da demanda por caminhões no país. Neste ano, as vendas desse veículo caem 12%, enquanto a produção recua 24,2%.
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