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Setcergs recomenda reajuste do frete em 9,66%, a partir de 1º de novembro

O Setcergs, que reúne as empresas de transporte de Cargas do Rio Grande do Sul, decidiu recomendar aos seus associados que apliquem um reajuste nas tarifas de fretes, a partir de 1º de novembro. A decisão endossa o estudo do Departamento de Custos Operacionais da NTC&Logistica (Decope), que apurou uma defasagem de 9,66% no valor do frete, por conta do aumento dos custos do transporte.
Em reunião no sindicato, o presidente da entidade, Sérgio Neto, lembrou que os percentuais de repasse aos fretes, ao longo do tempo, sempre foram inferiores aos valores solicitados. Segundo ele, o estudo do DECOPE demonstra que apesar dos preços dos insumos utilizados pelo setor não terem apresentado aumentos significativos, tem havido considerável elevação nos custos das empresas, em razão outros fatores como perdas na produtividade, devido às restrições à circulação e aumento do trânsito nos grandes centros, barreiras fiscais, questões trabalhistas, dentre outros.
Além desta defasagem, o setor está apreensivo com a expectativa de um reajuste nos combustíveis, que deverá ser anunciado pelo Governo depois do segundo turno das eleições. Este aumento no diesel, acrescido da defasagem de 9,66%, poderá inviabilizar as operações da maioria das empresas do setor.
O coordenador da Comissão de Equilíbrio Concorrencial do Setecergs, Jaime Krás Borges, aconselha as empresas associadas a não abrirem mão do ressarcimento de custos significativos, cobertos pelos demais componentes tarifários, como o frete-valor, o GRIS, a cubagem e as generalidades. “Muitas vezes os custos com esses serviços são superiores ao próprio frete arrecadado”, explica o coordenador.
FONTE: Frota e Cia 
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