Facchini


Atravessando o Brasil

A distância entre as cidades de Pelotas (RS) e Fortaleza (CE) é de 4.530 quilômetros, e, para percorrê-la de ônibus, são gastos mais de três dias na estrada. A missão pode parecer impossível, além de cansativa e desconfortável, mas a viação Nossa Senhora da Penha diz o contrário. A linha, uma das mais longas do Brasil, é feita pela empresa uma vez por semana em ônibus com chassis Scania e carroceria Marcopolo, com assentos tipo leito, feitos para proporcionar conforto total aos passageiros.
Longas viagens fazem parte da rotina da Penha, que foi fundada em 1962 e iniciou suas operações ligando a cidade de Joinville (SC) à capital paranaense. Hoje, a empresa cobre 11 estados brasileiros e tem, entre suas principais rotas, linhas que ligam Rio de Janeiro (RJ) a Jaraguá do Sul (SC) e São Paulo (SP) a Campina Grande (PB). “Transportamos em torno de 30 mil passageiros por mês com aumento significativo no final do ano e em datas especial, o que totaliza cerca de 450 mil por ano”, conta Celso Alda, diretor executivo da companhia. Para cumprir tantas rotas, a empresa conta com uma frota de 100 veículos e um quadro de 250 motoristas. “Metade dos ônibus são da marca Scania e vão desde o modelo K 360 4×2 até o K 440 8×2 com carroceria Double Decker.”

TUDO PELO PASSAGEIRO
A maioria das linhas operadas pela Penha é de média e longa distância, o que torna a empresa concorrente direta das empresas aéreas. “Como os preços das passagens de avião têm caído nos últimos anos, temos que investir nos nossos diferenciais, que são conforto e segurança, para não perder clientes”, explica Celso. Em 2012, com a chegada dos motores Euro 5, a empresa se tornou cliente da Casa Scania Battistella, de São José dos Pinhais (PR). “Tivemos a oportunidade de testar os veículos e gostamos do resultado, tanto em desempenho quanto em economia.” Além de utilizar os serviços na concessionária durante o período de garantia, Celso conta que seus motoristas participam de treinamentos com os Master Drivers. “Eles lidam com equipamentos novos, com alta tecnologia, e precisam de capacitação para operá-los. Isso sem contar a questão da segurança; em muitas linhas, os ônibus passam por trechos complicados de estrada, como serras, por exemplo.”
Com conhecimento de causa, Celso diz que a infraestrutura das estradas no Brasil oferece condições razoáveis para o transporte. “A região Nordeste tem uma malha viária surpreendente. Mesmo  nas estradas com pista simples, o piso é muito bom”, elogia. Entre os  trechos mais críticos, ele cita a parte mineira da BR 116 e a região de Caruaru (PE). “Já tivemos problemas com assaltos próximo à Serra da Jureia, em Registro (SP). São questões que só podem melhorar com o aumento do policiamento nas rodovias”, acredita o diretor da Penha.
Nesse cenário, Celso acredita no legado da Copa do Mundo e espera que a movimentação gerada pelo evento tenha impacto positivo na demanda da Penha. “Nós atuamos em sete das doze cidades-sede e estamos preparados para um aumento significativo no volume de transporte.” Ele acredita que os turistas podem optar pelo ônibus na hora de acompanhar as seleções. “É uma boa maneira de conhecer melhor a região por onde se viaja”, completa.

A FÉ VEM DE BERÇO
Desde 2007, a Nossa Senhora da Penha faz parte do Grupo Áurea, pool de empresas dos mesmos proprietários da Gol Linhas Aéreas que conta com aproximadamente 11 mil ônibus. Porém, suas origens estão no estado de Santa Catarina, onde foi fundada e batizada em homenagem à santa supostamente encontrada na França no século XIII. Em comemoração aos 50 anos da companhia, o visual dos veículos foi totalmente repaginado.
A frota ganhou nova pintura, nas cores preta, cinza, azul celeste e prata, com desenhos em formas clássicas que remetem ao véu de Nossa Senhora da Penha.
“ Tivemos a oportunidade de testar os veículos e gostamos do resultado, tanto em desempenho quanto em economia” — Celso Alda, diretor executivo da Nossa Senhora da Penha.
FONTE: Scania Brasil 
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