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Comil fecha balanço de 2013 com prejuízo

A elevação das despesas financeiras, decorrente de aumento do endividamento para tornar viável a fábrica de Lorena, SP, foi decisiva no resultado final do balanço do ano passado da Comil, de Erechim, RS. A fabricante de carrocerias de ônibus consolidou prejuízo de quase R$ 7,2 milhões contra lucro de R$ 796 mil do exercício anterior. As despesas financeiras tiveram expansão de 65%, totalizando R$ 56,3 milhões ante R$ 34 milhões de 2012.
Em seu relatório, no entanto, a diretoria entende que o aumento da dívida líquida foi fundamental para o redirecionamento estratégico da companhia, que concentrará a produção de modelos urbanos na unidade paulista. A visão é a de que, ao longo dos próximos meses, a fábrica mostrará capacidade de geração de caixa, trazendo de volta lucratividade ao negócio de urbanos, inviabilizada nos últimos anos em Erechim.
A Comil totalizou receita líquida consolidada de R$ 518,7 milhões, alta de 12% sobre a realizada em 2012. O valor é resultado da venda de 3 mil 326 unidades, apenas cinco a menos do que no ano anterior, mantendo participação de 10% no mercado.
A expansão da receita, em cenário de vendas físicas estáveis, deve-se ao incremento de participação de modelos rodoviários. O segmento somou 1 mil 128 unidades, expansão de 21%, 6 pontos a mais de representatividade, para 34%. Os urbanos mantiveram a liderança, com 37% de participação, mas 7 a menos do que em 2012 e queda de 15% em volume. Modelos intermunicipais representaram 15%, incremento de 1,5 ponto, e os micro-ônibus repetiram o índice de 14%.
A Comil também melhorou suas exportações, totalizando 616 unidades, alta de 29%, respondendo por 15% do volume nacional, 4 pontos acima de 2012. Os modelos rodoviários representam a maioria das vendas, com média de 70%. Responsáveis por 28% da receita líquida as vendas externas tiveram Argentina, Chile e Peru como os principais destinos.
Para 2014 a empresa projeta dificuldades no primeiro semestre, principalmente em função dos ajustes de produção nas duas fábricas. Até a metade do ano deve estar concluída a transferência de todas as linhas de urbanos para Lorena, situação que permitirá a reorganização da planta de Erechim, que ficará responsável por modelos rodoviários, de fretamento e por veículos especiais. O segundo semestre, na visão da diretoria, será de retomada, com a consolidação do novo modelo de produção.
FONTE: AutoData 
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