Facchini

Flagra mostra caminhoneiro fazendo alteração que causa ‘efeito guilhotina’

Caminhoneiros adulteram a suspensão para viajar com uma carga mais pesada e enganar a fiscalização, mas o resultado disso é o aumento do risco de vida para quem vem atrás.
Só os olhares mais atentos conseguem perceber como alguns caminhões estão com a parte traseira mais alta. Motoristas descumprem a lei e elevam a suspensão dos veículos.
A elevação é feita com a colocação de calços nas rodas traseiras ou com o aumento do número de molas na suspensão. Com isso, a parte da frente do caminhão fica mais pesada, o que dificulta a frenagem, aumenta o desgaste dos pneus e compromete a estabilidade.
Além de prejudicar o desempenho do veículo, a alteração pode provocar uma consequência ainda mais grave. O para-choque fica mais alto e deixa de ser uma barreira. No caso de batida, o carro que estiver atrás pode entrar embaixo do caminhão, o que aumenta o risco de morte.
“Isso é o efeito guilhotina, o para-choque fica na altura do pescoço e da cabeça do motorista que vem atrás”, explica o policial rodoviário Federal Fagner Moura Camargo.

Com uma câmera escondida, o produtor do Bom Dia Brasil foi até oficinas especializadas para mostrar como é fácil fazer a modificação. Mesmo assim, o mecânico oferece a peça usada para deixar a parte traseira mais alta. A alteração, proibida por lei, tem um preço: R$ 380.
O resultado da facilidade para fazer a alteração é um risco maior nas estradas. Em operações feitas pela Polícia Rodoviária Federal na BR-153, no interior de São Paulo, vários motoristas foram flagrados.
“Se depender só de mim está normalizada a situação. Não gosto de frear rápido não”, diz o caminhoneiro Amarildo Silva.

FONTE: Bom dia Brasil
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