Facchini

Produção de caminhões cresce 13,8% em 2011

As montadoras de caminhões que operam no Brasil fabricaram 13,8% mais veículos em 2011 do que em 2010. Foi o que revelou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em seu balanço anual. Diferentemente dos últimos anos, o resultado foi divulgado apenas por meio de um comunicado à imprensa e a entidade não realizou o evento para discutir os números consolidados em um ano em que o lobby das empresas levou à elevação do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos porcentuais para veículos que não têm um mínimo de 65% de conteúdo nacional. Além disso, a produção atendeu ao aumento de demanda por conta da elevação de preços por conta da entrada em vigor da norma Proconve 7/ Euro 5.
Com o crescimento, a produção de caminhões no mercado brasileiro somou 216.270 unidades em 2011 ante as 189.941 de 2010. Apesar dessa expansão, as vendas somaram 172.902 unidades, ou seja, quase 80% da produção foi vendida no mercado interno. Outras 26.321 unidades foram vendidas ao mercado internacional, o que leva a um estoque de pouco mais de 17 mil caminhões que ainda podem chegar às ruas brasileiras sem a obrigatoriedade de emissões mais reduzidas de gases de efeito estufa e com preço mais em conta.
Conforme o Portal Transporta Brasil vem divulgando desde o final do ano passado, os mais fabricados no ano foram os semipesados e pesados, com 74.927 e 65.542 veículos, representando 34,6% e 30,3% do total saído das linhas de montagem brasileiras. O crescimento no ano foi de 19,3% e 8,4% quando comparados ao mesmo período do ano passado.
Em relação às campeãs de vendas, não houve nenhuma novidade. A MAN (que fabrica e comercializa caminhões da marca própria e da Volkswagen) confirmou a liderança de mercado pelo nono ano consecutivo. De acordo com os dados de licenciamentos da Anfavea, a  empresa vendeu 50.815 veículos, cerca de 30% do mercado nacional, um crescimento de 12,2% ante 2010. A segunda colocada é a Mercedes-Benz, que encerrou os 12 meses de 2011 com a comercialização de 42.623 veículos, alta de 4,3% no período. Em terceiro aparece a Ford com 30.354, em quarto a Volvo com 19.069, crescimento de 24,5%, em quinto a Iveco, com 14.246 caminhões no ano, expansão de 18,6%. A Scania continua a perder participação de mercado com 11,8% de crescimento em comparação a 2010 e ficou em sexto lugar no mercado brasileiro com a comercialização de 13.484 unidades. O restante das vendas ficou dividido entre as marcas Agrale, Hyundai e International.
Em termos de crescimento sobre as vendas do ano passado, os semipesados apresentaram a maior alta com 16,9%, os leves vêm a seguir com expansão de 13,1%, seguido dos semileves com 10,9% de vendas a mais em comparação a 2010. As vendas de caminhões na categoria médios ficaram 2,8% maiores enquanto que os pesados ostentaram a menor alta, apenas 0,9% quando comparadas as vendas de 2010. Enquanto isso, as vendas de importados fechou 2011 com um impressionante crescimento de 46,9% ante 2010, sendo os pesados os que mais entraram no Brasil, com 2.774 unidades das pouco mais de 4 mil importações de caminhões, crescimento de mais de 115%.

Ônibus e automóveis
Na categoria para transporte de passageiros (incluindo chassis), as vendas consolidadas do ano somaram 34.672 unidades, crescimento de 22%.
Com a soma das vendas entre veículos leves e comerciais leves, as quatro mais tradicionais empresas que atuam no Brasil não vêem a sua hegemonia ameaçada. A Fiat figurou como a marca mais vendida do ano com 754.275 unidades. Em segundo lugar está a alemã Volkswagen com 703.863 carros comercializados. Em terceiro lugar, a GM vendeu 632.255 veículos e em quarto a Ford, 314.028 unidades novas colocadas no mercado. Dentre as chamadas new comers (montadoras que cheagaram ao País a partir dos anos 90), a francesa Renault, confirmou o quinto lugar com 194.274 carros.
No total, foram vendidos quase 3,5 milhões de veículos dessas duas categorias. Apesar do resultado positivo ante 2010, mesmo com a Anfavea tendo revisado para baixo a projeção de vendas para este ano, a meta não foi alcançada. A entidade estimava vendas em de 3,630 milhões. A perspectiva para janeiro é de produção e vendas menores em comparação ao mês de dezembro, isso porque a indústria para nos primeiros quinze dias de janeiro, que acaba sendo um período de ajuste de estoques também.

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