Facchini


Caminhão leve acelera vendas e ganha as ruas

Os revendedores de caminhões leves, com capacidade de carga máxima de 2,5 toneladas, estão comemorando o sucesso nas vendas. Em alguns casos, o crescimento no acumulado de 2010 em relação a igual período do ano passado chega a 30% na Capital. A proibição estabelecida em determinadas vias de Fortaleza para o trânsito de veículos mais pesados e o fortalecimento da economia, com a geração de mais entregas de mercadorias e serviços têm contribuído para esse fenômeno.
"Todos os meses a gente pede cerca de 50 carros com essas características, mas a fábrica só manda uns 15. É preciso triplicar a produção para suprir a demanda", revela o sócio-proprietário da DHZ Comércio de Veículos, Hildo Leitão.
"Nos últimos quatro anos, só em Fortaleza, já vendemos cerca de 2 mil caminhões HR (caminhão leve da Hyundai com capacidade para levar 1.800 kg), que custam, em média, R$ 56 mil. Estamos com muitos clientes na fila. A espera gira em torno de 20 a 30 dias", complementa.
Para o diretor da revendedora Orion Kia, Lúcio Salazar, que trabalha com o caminhão Bongo, fabricado na Coreia do Sul; uma série de fatores é responsável por essa procura que mostra ascendência.
"É um veículo prático para dentro das grandes cidades, econômico por funcionar a diesel, e que requer apenas habilitação categoria B, o que facilita a contratação do motorista", informa, lembrando que o público-alvo desse segmento são empresas que precisam entregar seus produtos de forma rápida e eficiente. "Além disso, o valor médio é de R$ 50.400. A venda pode ser financiada, hoje, em até 60 meses", completa, ressaltando que, por conta dessas vantagens, e a pequena diferença de preço, os utilitários menores estão sendo substituídos pelos empresários por esse tipo de caminhão leve.
Segundo ele, no acumulado desse ano em relação a igual intervalo de 2009, as vendas do Bongo subiram entre 20% e 30% na concessionária.
"Isso está acontecendo em todas as grandes cidades do País. Percebendo isso, para atender o mercado sul-americano, a Kia inaugurou uma fábrica exclusiva para esse tipo de caminhão no Uruguai", pontuou Lúcio.
Em fevereiro, a Prefeitura de Fortaleza restringiu o trânsito de veículos com tara acima de 2,5 toneladas em algumas vias dos bairros Aldeota, Meireles, Dionísio Torres, São João do Tauape, Joaquim Távora e Fátima. Na visão de especialistas, a alternativa encontrada foi a aquisição de veículos de menor porte, especialmente, para realizar as entregas.
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