Facchini

Obra inédita bloqueia viaduto na BR-116 entre Esteio e Canoas

A BR-116 ficará completamente interrompida durante o próximo final de semana, em um trecho entre Esteio e Canoas, para a realização de uma operação inédita. Em um prazo que pode se estender por até 56 horas, o viaduto localizado junto à Refinaria Alberto Pasqualini será demolido e substituído.
A técnica escolhida, que segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nunca foi usada antes no Estado, tem como peça-chave um guindaste de 500 toneladas.
A interrupção da via nos dois sentidos, no km 260, no limite dos dois municípios da Grande Porto Alegre, está marcada para as 22h de sexta-feira. A circulação deverá ser liberada até as 6h de segunda-feira. O trecho bloqueado vai desde as imediações do viaduto até perto do Parque de Exposições Assis Brasil, em uma extensão de 500 metros. O trânsito durante o final de semana será desviado pelas vias laterais à BR-116.
Às 22h de sexta-feira se iniciará o procedimento de desmanche do atual viaduto, que foi construído na década de 60 e está com problemas na estrutura. Máquinas vão cortar e triturar o concreto até a manhã de sábado. Enquanto isso estiver sendo feito, carretas levarão até o local quatro grandes módulos de aço cobertos por asfalto, cada um deles com 15 metros de comprimento, 11 metros de largura e seis toneladas. Um guindaste, que será instalado no trecho a partir de quarta-feira, vai retirar esses módulos das carretas e colocá-los sobre os pilares, seu lugar definitivo.
– O prazo máximo de conclusão é até as 6h de segunda-feira. Tecnicamente, é possível que fique pronto ao longo do domingo, mas não podemos afirmar com certeza, por se tratar de uma técnica extremamente delicada – diz o superintendente do Dnit, Vladimir Casa.

Técnica usada pelo Dnit custará R$ 6,8 milhões
A recuperação dos pilares e das fundações do viaduto já vêm acontecendo desde o ano passado, como uma etapa de preparação para a substituição. O Dnit gastará cerca de R$ 6,8 milhões na técnica, de origem norte-americana. Uma equipe de 50 trabalhadores executará o serviço.
O órgão descartou as técnicas convencionais para não interromper a circulação por um período prolongado, que poderia se estender por seis meses, o que traria caos ao trânsito da Região Metropolitana.
– A condição é particular. Substituir um viaduto da BR-116 em 48 horas exige uma mobilização a fim de minimizar o impacto na rodovia – diz Augusto Tozzi, diretor da M. Martins, a empresa que fará o trabalho.
Em caso de mau tempo, o serviço pode ser transferido. 
FONTE: ZERO HORA
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