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Mais de 7 mil caminhoneiros são proibidos de trabalhar nos Estados Unidos por não falarem inglês

Kenworth vermelho em uma estrada nos Estados Unidos
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Para o Governo dos Estados Unidos, a fluência em inglês é fundamental para garantir a segurança nas rodovias; durante as abordagens, caminhoneiros são submetidos a testes orais de interpretação de texto

O avanço da política anti-imigração do governo republicano de Donald Trump, nos Estados Unidos, já tem refletido diretamente nas operações de transporte rodoviário de cargas. Dentre as medidas e regras recém-estabelecidas pelo Departamento de Transportes dos EUA (U.S DOT) está a exigência de motoristas fluentes em inglês para exercício da profissão de caminhoneiro em todo o país. 


Em publicação nas redes sociais na última quinta-feira, 30 de outubro, o secretário de transportes dos EUA, Sean Duffy, revelou que até então, 7.248 caminhoneiros foram proibidos de trabalhar por falta de domínio do inglês. Os condutores foram flagrados durante ações de fiscalização em todo o país. As abordagens incluem uma conversa com o agente de trânsito e seguida  um teste de compreensão de leitura.


Para o governo dos Estados Unidos, a fluência em inglês está diretamente relacionada à segurança das operações. “O Departamento de Transportes dos EUA exige que os motoristas de caminhão comerciais falem e entendam o inglês para operar um caminhão de grande porte — ou serão retirados de serviço”, disse Duffy na publicação.


Dados da Administração Federal de Segurança em Transporte Rodoviário (FMCSA), revelam que os estados do Arizona e Texas lideram o ranking com o maior número de motoristas impedidos de trabalhar por falta de fluência em inglês. Executivos de transportadoras afirmam que a mudança repentina na fiscalização causou interrupções operacionais e escassez de motoristas, principalmente em frotas que operam em rotas internacionais, especialmente na fronteira com o México. Ainda segundo as empresas, a medida impacta desproporcionalmente os motoristas bilíngues ou que falam espanhol.

A intensa fiscalização sobre os caminhoneiros norte-americano foi desencadeada nos últimos devido ao aumento significativo de acidentes envolvendo veículos pesados, inclusive com vítimas fatais. Em algumas das ocorrências, motoristas estrangeiros estavam envolvidos e apresentavam uma série de irregularidades.


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