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Somente em 2024 a frota circulante de caminhões apresentou um crescimento de 2,8%; idade média dos veículos segue sendo um fator preocupante segundo relatório do Sindipeças
De acordo com os dados mais recentes do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a frota brasileira de caminhões segue crescendo. A nova edição do Relatório de Frota Circulante, revela que em 2024, o país passou a contar com mais de 2,2 milhões de caminhões em operação.
Tendo como principal justificativa o cenário econômico favorável registrado no ano passado, a frota de caminhões em circulação no Brasil passou a ser de 2,24 milhões de veículos, o que representa um crescimento de 2,8% em relação a frota registrada em 2023, quando 2,18 milhões de veículos estavam em circulação no país. Ainda segundo o Sindpeças, o número atual de caminhões representa 3,6% do total da frota circulante no Brasil.
“A expansão da atividade econômica — crescimento de 3,4% do PIB —, com indicadores de emprego e renda evidenciando mercado de trabalho aquecido, além de maior oferta de crédito, sobretudo após aprovação do Marco de Garantias (Lei n.º 14.711/2023), estimulou a criação de ambiente favorável à aquisição de veículos novos. Isso ocorreu apesar da elevação dos juros e da maior volatilidade cambial no segundo semestre de 2024. Destaca-se, ainda, que a economia brasileira tem superado as projeções de mercado desde 2022” explica a entidade.
Idade média dos caminhões
Apesar do crescimento da frota, a idade média dos caminhões em circulação no Brasil segue sendo uma fator preocupante. De acordo com os números do Sindpeças, em 2015, 60% da frota tinha até 15 anos. Já em 2024, essa proporção caiu para 56%. Entretanto, a faixa acima de 16 anos aumentou de 22% para 32%.
“O aumento da faixa de 11 a 20 anos é preocupante, indicando a necessidade de políticas públicas para renovação da frota, com foco em melhoria da eficiência e redução de impactos ambientais. De maneira geral, caminhões mais antigos podem comprometer a segurança nas estradas e a eficiência no transporte de cargas. Portanto, compreende-se que o setor de transporte enfrenta desafios para renovar a frota devido aos altos custos de aquisição de veículos novos”, ressalta a entidade.
Comerciais leves
A frota circulante de comerciais leves, veículos de carga com até 3,5 toneladas de Peso Bruto Total (PBT) também segue crescendo em todo o Brasil. Em 2015, haviam 5,0 milhões veículos em operação no Brasil. Já em 2024, este número saltou para 6,4 milhões, um incremento de cerca de 29% na série histórica. Já no comparativo com 2023 (2,14 milhões), o crescimento foi de 4,7%.
Assim como no segmento de caminhões, a frota de comerciais leves também seguem enfrentando de forma evidente problemas de envelhecimento. Em 2015, 76,5% dos veículos tinham até 10 anos; em 2024, essa proporção caiu para 56,6%, enquanto a faixa de 11 a 20 anos aumentou de 22,0% para 42,2%.
“Essa categoria foi uma das que mais cresceram em termos gerais desde 2019, com crescimento médio anual da produção de 6,4% e das vendas de 6,7%. Ainda assim, reluz o envelhecimento da frota, situação que tende a resultar em maior consumo de combustível e emissões de poluentes, com impacto ambiental e econômico”, explica o Sindpeças.