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| Lucas Duarte/Portal Caminhões e Carretas |
Com a maior parte das operações das mineradoras concentrada em um trecho entre duas praças de pedágio, caminhões utilizam a rodovia sem o pagamento de tarifas
Enquanto a chamada "Rodovia do Minério", um trecho exclusivo para a circulação dos veículos de carga que atuam no segmento na região de Itabirito (MG), Congonhas (MG), Ouro Preto (MG) e demais cidades adjacentes, se mostra longe de se tornar uma realidade, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) busca uma forma de cobrar tarifas de pedágio dos caminhões que circulam pela BR-040/MG.
Atualmente grande parte das operações das mineradoras que atuam na região está concentrada exatamente entre duas praças de pedágio administradas pela EPR Via Mineira e localizadas no km 577,2, em Itabirito (MG), e no km 642,85, em Conselheiro Lafaiete (MG). Com isso, grande parte dos caminhões e carretas que prestam serviços para as mineradoras da região, utilizam o trecho da rodovia federal sem a necessidade de pagamento de tarifas, especialmente quando estão carregados.
“As mineradoras têm que participar da cobrança e do pagamento do pedágio. É inadmissível hoje nós termos mineradoras que utilizam a rodovia e não pagam a tarifa. Elas usufruem de infraestrutura de qualidade, serviços operacionais, comprometem e não são pagantes”, afirmou, Guilherme Sampaio, diretor-geral da ANTT.
Na avaliação da ANTT, o projeto que prevê a construção da "Rodovia do Minério" e que há anos vem sendo discutido pelas mineradoras, municípios secretarias do Estado, órgãos e associações estaduais e federais e os Ministérios Públicos de Minas Gerais (MPMG) e Federal (MPF), está fora da realidade.
“O acordo é o que elas estão fazendo há muito tempo no diálogo com o Ministério Público e até hoje não vimos uma participação ativa delas”, destacou Sampaio. As declarações foram dadas durante o evento de apresentação do balanço de um ano da concessão da EPR Via Mineira na BR-040/MG.
Ainda segundo o diretor-geral da ANTT, uma eventual cobrança de tarifas dos caminhões de minério abre possibilidade para redução dos valores atualmente cobrados dos demais usuários da rodovia federal. “Se não tem uma participação ativa, nós vamos buscar os mecanismos regulatórios de implementar o que está previsto na nossa governança e buscar ter o investimento, colocá-las como pagante e reduzir do cidadão que utiliza a rodovia diariamente”, concluiu.
