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Facchini

Desinteresse dos mais jovens agrava crise da falta de motoristas

Gemini

3,6 milhões de vagas para motoristas ficaram em aberto em todo mundo no ano passado; em média, apenas 6,5% dos motoristas possuem menos de 25 anos

A crescente falta de motoristas profissionais no transporte rodoviário de cargas tem sido um assunto cada vez mais recorrente não só no Brasil, mas também ao redor do mundo. De acordo com o mais recente levantamento sobre a escassez de caminhoneiros, realizado pela The International Road Transport Union (IRU), o problema tende-se a agravar cada vez mais nos próximos anos, justamente pelo crescente desinteresse dos mais jovens em seguir a profissão.


De acordo com o relatório global da entidade, o ano de 2024 chegou ao fim com 3,6 milhões de vagas para motoristas em aberto em 36 países estudados, representando 70% do PIB global. Das 5.100 empresas de transporte pesquisadas em 2024, até 70%, em alguns países, enfrentam dificuldades graves ou muito graves na contratação de novos motoristas. Os números reafirmam que a escassez de caminhoneiro é um problema estrutural de longo prazo que persiste em todas as regiões do planeta.



Baixo número de jovens motoristas
Além do elevado número de vagas em aberto para motoristas, o abismo crescente entre motoristas mais jovens e mais velhos, reforça a gravidade da atual situação enfrentada pelo transporte rodoviário de cargas em todo o mundo. 

O relatório da IRU também revela que em média, os motoristas jovens com menos de 25 anos representam apenas 6,5% da força de trabalho total nos países pesquisados. Alguns países apresentam taxas extremamente baixas, incluindo Itália e Alemanha, com 2,2% e 2,6%, respectivamente. Polônia e Espanha não estão muito melhores, com 3% cada. Para os próximos anos, a tendência é de uma queda ainda maior. A porcentagem de jovens motoristas de caminhão, em comparação com o total de motoristas, caiu 5,8% entre 2023 e 2024.


Cresce o número de motoristas próximos da aposentadoria
O levantamento da IRU também revela que em média motoristas de caminhão com mais de 55 anos representam 31,6% da atual força de trabalho do setor de transporte na regiões pesquisadas. Países com porcentagens muito altas de motoristas mais velhos incluem Espanha, com 50%, Austrália, com 47%, e Itália, com 45%.

Em linha com as taxas gerais de participação na força de trabalho para essa faixa etária, a porcentagem de motoristas de caminhão com mais de 55 anos aumentou 1,6% no último ano. A idade média dos motoristas de caminhão em todo o mundo agora subiu para 44,5 anos.

Nos próximos cinco anos, o relatório prevê que 3,4 milhões de motoristas de caminhão se aposentarão nos países estudados. Na Austrália, 21% dos motoristas atuais estarão aposentados até 2029. Na China, esse número é de 18%; na ​​Europa, 17%.


Para a Austrália e vários países europeus, principalmente Alemanha, Itália, Eslováquia e Espanha, a crescente lacuna estrutural entre motoristas mais jovens e mais velhos é ainda mais grave.

A crise de escassez de motoristas de caminhão continua a se agravar, com o que é mais alarmante: um abismo cada vez maior entre motoristas jovens e mais velhos”, alerta o secretário-geral da IRU, Umberto de Pretto “Sem uma ação concertada e contínua, esta bomba-relógio demográfica explodirá, impactando seriamente o crescimento econômico e a competitividade em todo o mundo.

Veja o relatório da IRU: CLIQUE AQUI


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