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West Cargo/Divulgação |
Empresa tem investido em jornadas de trabalho mais equilibradas, redução no tempo de longe de casa, iniciativas de saúde física e mental, além de plano de carreira para evolução de motoristas
Realidade incontestável no transporte rodoviário de cargas brasileiro, a crescente falta de motoristas profissionais segue desafiando dia após dia as transportadoras e refletindo na economia nacional. Dados recentes da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), revelam que somente nos últimos 10 anos, o país perdeu 1,1 milhão de caminhoneiros. Além disso, apenas 4% dos atuais motoristas profissionais possuem menos de 30 anos.
Dentre os fatores que tem contribuído para a crescente escassez de profissionais no setor, destacam-se as condições desafiadoras de trabalho nas estradas brasileiras, com infraestrutura precária, longas jornadas, insegurança e riscos de acidentes e roubos. O envelhecimento da atual força de trabalho também tem influenciado de forma significativa neste cenário. Nos próximos 10 anos, estima-se que mais de 60% desses profissionais estejam aposentados, agravando ainda mais o problema. Já os custos elevados para obtenção e manutenção das carteiras de habilitação (CNH) profissionais nas categorias C, D e E, também seguem dificultando o ingresso de novos motoristas no setor.
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Na West Cargo, empresa de transporte com atuação nacional, o impacto da escassez de motoristas é uma pauta constante nas estratégias de gestão de pessoas e operação logística. “Estamos falando de uma das funções mais essenciais do TRC, mas que ainda carece de políticas públicas e de valorização adequada. Sem motoristas, não há transporte, e sem transporte, toda a economia é afetada. Por isso, além de enfrentar os desafios do dia a dia, precisamos atuar com visão de futuro para manter a operação funcionando com excelência”, afirma Fabiano Perazzoli, diretor operacional da empresa.
Para enfrentar esse cenário, a West Cargo tem investido em ações consistentes de atração e retenção de motoristas. A empresa foi reconhecida com o selo Great Place to Work (GPTW), reflexo do compromisso em construir um ambiente de trabalho respeitoso, seguro e colaborativo. “Nosso foco é garantir que o motorista se sinta valorizado. Investimos em programas de capacitação e qualificação, frota moderna e equipada, e um pacote de remuneração diferenciado, com bonificações por desempenho baseadas em telemetria”, explica Perazzoli.
A empresa também oferece aos motoristas um plano de carreira para evolução de categorias (C, D, E), reforçando oportunidades reais de crescimento. “Estamos qualificando os nossos motoristas, oferecendo condições para que cresçam com a empresa”, completa o diretor.
Já para manter os profissionais no quadro de colaboradores, a West Cargo também tem investido em jornadas de trabalho mais equilibradas, respeitando as legislações e reduzindo o tempo excessivo longe de casa, além de iniciativas de saúde física e mental, como acompanhamento psicológico e programas de bem-estar. A empresa também tem apostado em uma comunicação transparente, com canais abertos e um programa contínuo de reconhecimento e feedback. “É fundamental que o motorista se sinta parte da empresa e que veja um futuro aqui dentro. Isso faz toda a diferença na motivação e no engajamento”, reforça o executivo.
Para o setor como um todo, a West Cargo acredita que soluções de médio e longo prazo passam por parcerias com instituições de ensino para formação de novos condutores, além de campanhas de valorização da profissão. Por parte do poder público, são urgentes medidas como melhoria da infraestrutura rodoviária, incentivos fiscais para formação profissional, pontos de parada adequados e reforço na segurança pública nas estradas.
“O transporte é essencial para o Brasil. Precisamos transformar o modo como a profissão de motorista é vista e tratada. Só assim conseguiremos garantir a continuidade de um setor que movimenta a economia e conecta o país de ponta a ponta”, finaliza Perazzoli.