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Greve dos caminhoneiros: Setor prepara nova paralisação nacional devido ao descumprimento da tabela de fretes

Caminhões tanque estacionados lado a lado durante paralisação da categoria
Sindtanque-MG/Divulgação

Informação é confirmada pelo Sindtanque-MG; entidade que representa os transportadores de combustíveis afirma que o setor está pagando para trabalhar

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Criada em 2018, logo após última greve nacional de caminhoneiros, a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), conhecida popularmente como tabela de fretes, segue longe de ser uma realidade nas operações do setor. Prova disso é a crescente defasagem no valor do frete rodoviário, as margens de lucro cada vez menores das operações e a elevação constante dos custos. 


Diante deste cenário preocupante e desafiador, transportadores de todo o país e entidades representativas da setor, estão se organizando e preparando uma nova paralisação nacional do transporte no Brasil, afim de reivindicar a fiscalização e cumprimento da tabela de fretes. A informação é confirmada pela Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG).

"Trata-se de um protesto legítimo, pois os transportadores rodoviários de cargas, sejam empresas, cooperativas ou caminhoneiros autônomos, estão pagando para trabalhar, devido ao não recebimento de um frete justo", afirma Irani Gomes, presidente do Sindtanque-MG.


Segundo a entidade, o reiterado descumprimento dos valores vigentes e falta de fiscalização por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem agravado de forma significativa a situação do transporte rodoviário de cargas brasileiro. 

"Diante disso, o transporte rodoviário de cargas brasileiro continua à beira do caos, podendo voltar a suspender suas operações a qualquer momento", destaca Gomes. "Por isso, alertamos que, se o país parar por conta da paralisação do transporte, a responsabilidade será do governo, que não tem feito sua parte para fazer com que a lei do Piso Mínimo de Frete seja cumprida", completa.


Por fim, o presidente da entidade afirma que neste momento é fundamental a união dos transportadores. "A conquista do Piso Mínimo de Frete foi árdua e não podemos abrir mão desse importante direito. Temos que intensificar o movimento para que as autoridades façam com que os contratantes cumpram a lei", finaliza Irani.

Até o momento, nenhuma data oficial foi confirmada para uma nova paralisação nacional de caminhoneiros e transportadores.

Confira o pronunciamento do Sindtanque-MG: CLIQUE AQUI


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