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Em reunião com Alckmin, setor de transportes protesta contra a taxação de pneus importados

Imagem de um caminhão vermelho com o pneu dianteiro passando em um buraco
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Governo Lula planeja ampliar a cobrança de impostos sobre rodas, pneus e válvulas importados; medida pode gerar ainda mais prejuízos ao transporte rodoviário de cargas

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Diante da possibilidade de aumento na cobrança de impostos sobre rodas, pneus e válvulas importados, sob de a justificativa de proteger a indústria brasileira, entidades de classe do setor, empresas, transportadoras e caminhoneiros conversaram sobre a questão com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Durante o encontro, os representantes alertaram para o aumento dos custos do transporte rodoviário de cargas bem como impacto na economia, caso a ampliação da tributação seja colocada em prática.


Realizada no último dia 10 de abril, em Brasília, a reunião contou com a participação representantes da XBRI Pneus e da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Cargas (ASBRAT), além de líderes de transportadoras e caminhoneiros autônomos.

A reunião teve como principal objetivo alinhar e defender os interesses compartilhados das empresas, entidades e profissionais do setor de transporte. "Nosso pleito é claro e urgente: não podemos permitir o aumento de tributos sobre os pneus, que são o segundo maior custo do transporte brasileiro, perdendo apenas para o óleo diesel. Uma taxação maior afetaria profundamente o setor de transporte rodoviário, impactando diretamente no seu custo, na tabela de frete e gerando consequente pressão inflacionária em todos os produtos transportados”, ressalta Samer Nasser, diretor de Marketing da XBRI PNEUS, marca brasileira de pneus que faz parte de uma das maiores empresas da América Latina nesse segmento.

Ainda segundo o executivo, a ampliação da tributação sobre para rodas, pneus e válvulas resultaria em aumento de 15% no custo dos implementos rodoviários. Causaria, também, insegurança jurídica, com possíveis multas retroativas, penalizando os fabricantes de implementos. “É essencial que o governo ouça e atenda ao pedido do setor para impulsionar a competitividade e promover o desenvolvimento econômico do Brasil, que tem o segundo maior mercado de pneus de carga do mundo”.


No encontro, os participantes também reforçaram a importância do envolvimento do Governo Federal na formulação de políticas públicas que atendam às necessidades e demandas dos diversos segmentos do transporte rodoviário. A parceria entre o poder público e a iniciativa privada mostra-se essencial para superar os desafios e possibilitar o aproveitamento das oportunidades de crescimento que se apresentam.
 
Demos um passo significativo na busca por soluções conjuntas e efetivas para os desafios que estamos enfrentando, mas ainda há muito o que avançar. Com a união de esforços e o comprometimento de todas as partes envolvidas, é possível construir um futuro mais promissor e economicamente sustentável”, conclui Samer Nasser.



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