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Fábrica da Cummins em Guarulhos passa pela maior transformação de sua história

Cummins/Divulgação

Dentre as novidades, 14 robôs colaborativos

Investir em produtos e processos sempre foi prioridade para a Cummins em seus 50 anos de Brasil. Mas a transformação em curso na fábrica de Guarulhos, SP, que antecede a chegada dos motores Euro VI, certamente será um dos mais importantes marcos da sua história no País.

“É um divisor de águas”, resume o diretor de operações, Celso Ricardo de Oliveira, ao falar não só dos ganhos de produtividade, qualidade e segurança com as mudanças na área de manufatura, como também do trabalho de localização de componentes, alguns dos quais já em fase de conclusão.
 

Dentre várias ações em andamento, um dos destaques é a chegada dos robôs colaborativos nas linhas de usinagem e de montagem. Ao todo serão 14 Cobots, dos quais um já está em operação e outros quatro serão incorporados na fábrica ainda este ano. Outros nove chegam no ano que vem.
 
“Nosso projeto Plant Transformation envolve mudanças significativas no contexto da Indústria 4.0, com evoluções na parte dos softwares, em ergonomia, abastecimento de linha e logística, abrangendo todos os processos desde o desenvolvimento do produto até a sua produção final”, explica o executivo.
 

Equipe dedicada 
Um diferencial no atual processo de transformação da fábrica, iniciado em maio de 2020, foi a criação de uma equipe de manufatura dedicada exclusivamente ao projeto Euro VI. “O projeto começou em 2018/2019 e as transformações foram iniciadas em 2020. Tudo para garantir a entrega dos novos motores entre o final de 2022 e começo de 2023, quando a nova legislação de emissões de poluente entra em vigor”.
 
O diretor de operações da Cummins informa que já tem protótipos prontos entregues para testes e destaca também que com a chegada do Euro VI, a empresa conseguiu implantar o sistema dual sourcing: “Ao investirmos na nacionalização, fizemos um trabalho junto aos clientes para mostrar que ter duas fontes de fornecimento reduz eventuais riscos no processo produtivo. Havia resistência nesse sentido, mas agora conseguimos validar componentes de origens diferentes, garantindo maior agilidade nas operações”.
 

Dentre as peças nacionalizadas, Celso cita o cabeçote do motor F 3.8, que antes vinha da China e também é utilizado no motor F 4.5. Com o processo já encaminhado de localização, a Cummins terá mais de 50% de índice de nacionalização em seus motores, invertendo proporção anterior, que era mais favorável aos componentes importados.
 
“Com esse trabalho a os investimentos em manufatura há expectativa em ter ganhos de lucratividade”, comenta Celso, citando, dentre outras ações nessa área, o aumento do número de leitores elétricos que fazem a rastreabilidade das peças, mostrando a origem de cada uma. “Vamos ampliar esse número de 182 para 393, com ganhos expressivos em qualidade”, complementa o executivo.
 
Os investimentos em manufatura também envolveram a aquisição de novos scaners e uma melhora significativa na parte de limpeza, além de muito treinamento no chão de fábrica.

Cummins/Divulgação
FONTE: Divulgação

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