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Aço de alta resistência amplia capacidade de carga e economia de combustível de implementos

O Grupo Triel HT, empresa de Erechim (Rio Grande do Sul) que oferece as mais modernas soluções tecnológicas em implementos rodoviários, logística agroindustrial e viaturas especiais, encabeçou um projeto que melhorou a capacidade de carga de um Semireboque tanque com três eixos distanciados com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 53 toneladas utilizando aços de alta resistência, gerando ganhos representativos e alcançando grandes resultados.

No projeto, o chassi foi feito com o Strenx, aço de alta resistência produzido pela siderúrgica sueca SSAB. O produto é projetado para os setores em que a alta resistência estrutural e a redução de peso são fatores competitivos importantes, especialmente na indústria de elevação de carga, movimentação e transporte.

O Semirreboque tanque com três eixos distanciados com chassi convencional possui capacidade de transportar 35 toneladas de combustível. Com a conversão do chassi de aço convencional pelo Strenx e com tanque em liga de alumínio, houve uma redução de duas toneladas na tara do equipamento. Ou seja, ele passou a operar com capacidade de 37 toneladas de carga líquida, um ganho muito significativo, de acordo com Elton Arenhart, Gerente de Desenvolvimento de Engenharia de Tanques Rodoviários do Grupo. “Esse ganho de carga líquida possibilitou um aumento de 5% no faturamento na mesma configuração de eixos do equipamento e PBTC. O aumento em 5% da capacidade de carga ajuda a compensar despesas de insumos, como óleo diesel, pneus e manutenção”, afirma. “Por exemplo: se o equipamento fizer quatro viagens por mês, transportando duas toneladas a mais, numa tarifa de fretes de R$ 200,00 a tonelada, somando ida e volta, teremos R$ 800,00 por viagem. Multiplicado esse valor por quatro viagens ao mês, teremos um faturamento a mais de R$ 3.200,00”, frisa, destacando outros benefícios. “Quando o implemento opera com menos carga, gasta menos combustível”.

Há também o caso do percurso, onde o equipamento opera vazio até o local da carga. “Com duas toneladas a menos de carga, há, certamente, economia de combustível. A vantagem fica mais evidente quando a frota é maior, pois com 18 unidades de implementos com 37 toneladas de capacidade, teremos o seguinte resultado: além de um faturamento líquido a mais sem despesa de R$ 7.200,00 multiplicando por quatro viagens, seriam R$ 57.600,00 por mês e ainda teremos um veículo a menos na frota, ou seja, um veículo trator e um tanque a menos”, complementa.

O payback (retorno do investimento) de um equipamento construído em liga Strenx/alumínio, é de dez meses em relação a um equipamento convencional, construído em aço inox e ligas convencionais.


Assim, o Grupo Triel HT tornou-se membro My Inner Strenx, programa de qualidade para empresas que projetam e fabricam estruturas de aço avançadas que aproveitam ao máximo o aço de desempenho Strenx. “Com o selo, teremos vantagens em preços, qualidade do material, além de ser um produto rastreado”, salienta. A combinação das propriedades do aço Strenx e os requisitos de qualidade do My Inner Strenx resultam em produtos com maior desempenho e segurança. Além disso, os clientes que escolhem os membros do My Inner Strenx como seus fornecedores vão obter produtos avançados com materiais, técnicas de processamento e desempenho otimizados para as suas necessidades.

De acordo com Arenhart, a busca pela nova solução se deu pela competitividade do mercado e pela excelência no transporte de cargas líquidas. “Antigamente, não havia uma preocupação com o peso dos veículos, pois os custos dos insumos eram baratos. Com o passar dos anos, os preços foram subindo além do esperado e fomos atrás de produtos para aprimorar nossos equipamentos Assim, começamos a procurar ligas mais resistentes para aumentar a capacidade de carga, deixando os equipamentos mais leves. O resultado com o Strenx nos projetos e a consequente diminuição do peso é almejado pelos frotistas”, comenta. “De 20 anos para cá, conseguimos uma redução de até 20% no peso de implementos”, pondera. “Agora, com a utilização do Strenx, seriam mais 5% de alivio na tara, chegando ao limite máximo de eficiência em volume de carga”.

Elton conta que o desenvolvimento do produto foi um processo rápido, sem dificuldades ou obstáculos. Para ele, o projeto também mostra a qualidade da matéria-prima. “Com os aços da SSAB, pudemos desenvolver produtos cada vez mais leves. O próprio mercado e o cliente, com o aumento de combustível e insumos em geral, passaram a nos pedir para produzir equipamentos mais leves, para compensar o aumento de custos”, ressalta Elton. “Mesmo com flexibilização do uso de materiais, não tivemos perda de resistência. Pelo contrário, tivemos ganhos”, finaliza.
FONTE: Divulgação
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