Facchini

Caminhoneiros sofrem para descarregar cimento em Salvador

São 7 caminhões carregados de cimento, no pátio do Centro de Distribuição da empresa Cimento Nacional, no bairro de Pirajá, em Salvador.
Um dos motoristas, que pediu para não ser identificado, está desde essa segunda-feira (16/1) à espera de que sua carreta seja descarregada. "Ouvi que alguns motoristas ficaram presos aqui mais de uma semana", disse.
Vídeos enviados para a Tribuna da Bahia mostram o Centro de Distribuição vazio, com galpões, sanitários e banheiros como se estivessem abandonados há muito tempo.
Em contato com a Cimento Nacional, a única informação dada pelo Centro de Atendimento ao Consumidor foi a de que a área da empresa em Pirajá não está abandonada, e nenhuma posição sobre quanto tempo mais os motoristas terão que esperar.
"Todas as informações que tínhamos para passar são essas", disse a atendente.
No documento que os motoristas recebem para entrega da mercadoria o telefone está errado. "Ficam ligando para aqui direto, não temos nada a ver com cimento", queixam-se do outro lado.
No site da Cimento Nacional há o nome, email e telefone do assessor de Imprensa. "Não trabalho mais para eles faz tempo", responde o assessor.
Em 2015 entrou em vigor a lei 13.103, que estabelece os direitos dos motoristas profissionais. Segundo a lei, "são considerados tempo de espera as horas em que o motorista profissional empregado ficar aguardando carga ou descarga do veículo nas dependências do embarcador ou do destinatário e o período gasto com a fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computados como jornada de trabalho e nem como horas extraordinárias". 
E mais: "As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção de 30% do salário-hora normal".
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