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Instituto Julio Simões analisa perfil do caminhoneiro

Casado, 36 anos, pai de família e trabalhando de 8 a 10 horas por dia. Esse é o perfil predominante do caminhoneiro que cruza as estradas do País, segundo Pesquisa do Instituto Julio Simões, braço social da companhia JSL, maior empresa de logística rodoviária do país. O levantamento é parte das ações do Programa Pela Vida, que oferece orientações de saúde, orçamento doméstico e segurança nas rodovias e atendeu no ano passado 14.238 motoristas. “Nosso levantamento visa, num primeiro momento, traçar o perfil do profissional das estradas e quais as transformações que ele vem passando ao longo dos últimos anos”, afirma Luciana Alves, gerente de comunicação da JSL e do Instituto Julio Simões.
Antigamente passada de pai para filho, que ainda muito jovem iniciava a vida na estrada, a profissão de caminhoneiro vive um período de amadurecimento (fig1). O reflexo prático disso é que a maior parte dos profissionais, hoje, começa a carreira em torno dos 36 anos, faixa etária que abrange mais da metade dos entrevistados, de acordo com a pesquisa. Por sua vez, cresce também a participação no mercado daqueles profissionais que já poderiam se aposentar e continuam nas estradas. Tanto que nos últimos três anos a porcentagem de caminhoneiros com mais de 55 anos triplicou e já representa quase 10% do mercado.
A pesquisa detectou também que grande parte dos profissionais atuam há mais de 5 anos no mercado (87%), detêm vinculo empregatício (74%) e curso de direção defensiva (77%).
“Atualmente, há uma preocupação das empresas e dos próprios motoristas em fortalecer a profissão. Percebemos que junto com o amadurecimento profissional houve uma transformação do setor. A imagem do caminhoneiro bronco caiu em desuso. Ganharam espaço os profissionais liberais, organizados em pequenas empresas ou cooperativas, que investem em veículos modernos, estão cercados de tecnologia e que utilizam aplicativo para fechar contratos. E nos próximos anos, a efetivação dessa mudança tecnológica será a grande transformação do setor”, diz Adriano Thiele, diretor executivo de operações da JSL.
Perigos da estrada 
Não só de boas notícias vivem os profissionais da estrada. A longa jornada, em média de 10 horas, torna a vida do caminhoneiro bastante desgastante. Grande parte dos entrevistados assumiu que consomem, ou já consumiram, bebidas alcoólicas (47%) com alguma frequência. O que mais assusta, porém, é a quantidade de motoristas que disseram ter utilizado estimulantes, os chamados rebites (20%), mesma proporção dos que já experimentaram drogas ilícitas, como cocaína, maconha ou LSD (20%).
Chama atenção também o sedentarismo na profissão, mais de 71% dos profissionais dizem não praticar nenhum tipo de atividade física: “A implantação da lei do caminhoneiro, aliada ao aumento de fiscalização pelas próprias empresas, tende a contribuir para um aumento na qualidade de vida do próprio profissional e para, cada vez mais, a valorização dele no mercado”, reforça Thiele.
FONTE: Assessoria de Imprensa 
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