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Caminhoneiros do Oeste Paulista devem 'sofrer' com alta dos pedágios

Os pedágios das rodovias administradas por empresas privadas no Estado de São Paulo ficarão mais caros a partir desta quarta-feira (1º). As tarifas deverão subir de 4,11% ou 8,47%, segundo publicação do Diário Oficial deste sábado (27). O reajuste é válido para carros, ônibus e caminhões. No Oeste Paulista, de acordo com o economista Moisés Martins, uma das categorias afetadas pelo aumento é a dos caminhoneiros, com reflexo para toda a população.
O economista conta que esse aumento está ligado à "crise" que o país vive, que é a pior dos últimos 20 anos. “O aumento nos preços do pedágios é inoportuno. Hoje, nós precisamos que o governo tente segurar os impostos e não repasse os valores dessa queda na economia para a população”, comenta.
Martins diz que com o aumento nos valores cobrados nos pedágios, o frete cobrado pelos caminhoneiros poderá subir, com isso, os preços para o transporte de cargas aumentarão, o que prejudica o consumidor final. “Isso pode prejudicar até os agricultores, pois ficará mais caro transportar produtos como tomates, verduras e legumes”, explica.
Os valores, para o aumento do preço dos pedágios, foram calculados de acordo com as variações do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) ou do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no período de julho de 2014 a maio de 2015.
Na região existem praças de pedágio em Presidente Bernardes, Caiuá, Regente Feijó e Rancharia.
Em Presidente Bernardes, o valor da tarifa cobrada para motos será de R$ 3,15 e para veículos de passeio e caminhões, por eixo, será de R$ 6,30. Na praça de pedágio em Caiuá, a tarifa cobrada para motos será de R$ 2,15 e para veículos de passeio e caminhões, por eixo, será de R$ 4,30.
Nas praças de pedágio de Regente Feijó e Rancharia, a tarifa cobrada para motos será de R$ 2,85 e para veículos de passeio e caminhões, por eixo, será de R$ 5,70.

Artesp
Em nota, a Agência de Trasporte do Estado de São Paulo (Artesp) explica que pedágio é o principal recurso para manter as rodovias concedidas. Somente a operação e conservação da malha rodoviária paulista sob concessão custa, em média, R$ 190,7 milhões por mês.
A nota informa que em obras de ampliação da malha rodoviária paulista, foram investidos mais de R$ 9 bilhões desde 2011. E desde o início do Programa de Concessões Rodoviárias paulista, em 1998, até abril de 2015, as pistas já receberam mais de R$ 82,4 bilhões em obras, conservação e melhorias. Verbas essas provenientes das tarifas de pedágio, sem nenhum centavo dos cofres públicos.
FONTE: G1 
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