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Transportadores não se empolgam com medida

Transportadores entrevistados pela FOLHA não veem muita vantagem na isenção da cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de caminhões vazios. É que, segundo eles, são poucas as viagens feitas sem carga. "A maioria das operações tem frete de retorno. A medida vai beneficiar poucos segmentos, por exemplo, o transporte de combustível. Neste caso, o caminhão vai e não tem o que trazer de volta", declara Luiz Podzwato, superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte do Paraná (Setcepar). 

Ele tem dúvidas sobre se as concessionárias conseguirão o reajuste. "Baseado em que? Quantos eixos passam suspensos? Têm de apresentar uma análise. É uma discussão mais para frente", afirma. 

Ítalo Lonni Junior, proprietário da empresa de transporte e logística Compager, de Londrina, diz que não será beneficiado pela isenção. Ele transporta grãos e açúcar para Paranaguá em 60 bicaçambas (veículo com sete eixos). "Voltamos sempre carregados com fertilizante", diz o empresário que gastou R$ 218 mil com pedágio no mês passado. 
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos (Sindicam) de Londrina, Carlos Roberto Delarosa, também não se empolga com a isenção dos eixos suspensos. "Numa crise desta, não tem como a gente fazer só frete de ida. Tem de voltar carregado", declara. Ele calcula que apenas 10% das viagens de caminhões são feitas sem carga. 
"Não vai beneficiar o transporte do agronegócio, que tem frete de retorno, não vai beneficiar o segmento frigorificado, que também tem, o caminhão volta com embalagem. Deve beneficiar o transporte de combustível e alguma outra carga", minimiza Geasi Oliveira de Souza, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Maringá (Setcamar). Para ele, é um absurdo o fato de as concessionárias estarem reivindicando reajuste. "Elas querem arrancar rentabilidade custe o que custar", declara.
FONTE: Folha Web 

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