Facchini

Setor de Transporte de Cargas sofre com medidas do governo federal

Inúmeras medidas adotadas recentemente pelo governo federal têm afetado os transportadores rodoviários de carga. De acordo com a FETRANSPAR (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná) o setor enfrenta muitas dificuldades. “Os transportadores estão indignados com esse governo. São contabilizados prejuízos para as empresas por conta do alto preço do combustível, do aumento de juros e do impacto da Lei n.º 12.619, que determina a jornada de trabalho dos motoristas”, destaca o presidente da FETRANSPAR, Sérgio Malucelli.
Nesse mês foram anunciadas as novas regras do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para financiar caminhões. Entre elas está o aumento de juros e diminuição do porcentual do bem a ser financiado. “Isso só acentuará um problema que estamos já estamos enfrentando que é a queda no mercado de veículos pesados. A empresas encontram impasses na hora de renovar suas frotas e precisam repassar esse custo aumentando o frete ou, até mesmo, tomar atitudes mais drásticas como reduzir a frota”, lamenta Malucelli;
Entre as mudanças que entraram em vigor em janeiro deste ano com relação ao PSI estão o aumento dos juros de 6% ao ano para 9% ao ano (para caminhoneiros), 9,5% para pequenas e médias empresas e 10% para empresas de grande porte. Até dezembro, o banco financiava 100% do valor do caminhão com juros subsidiados. Agora, o porcentual é de 50% para grandes empresas e 70% para os demais públicos.
Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apontam que as vendas de caminhões no mercado brasileiro atingiram 137.054 unidades em 2014 contra as 154.554 comercializadas em 2013, o que representou uma queda de 11,32%. Em janeiro de 2015 foram vendidos 7.674 caminhões no Brasil contra 13.697 em dezembro de 2014, uma redução de 44%. Em relação a janeiro do ano passado, quando foram vendidas 10.716 unidades, a queda é de 40%.
FONTE: Guia do TRC 
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