Facchini


Mercedes quer recuperar mercado no Centro-Oeste

Com a missão de vender mais veículos e serviços, conquistar clientes até recuperar aqueles perdidos no passado, o novo vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini, está indo a campo para escutar o cliente, entender as aplicações, fazer a lição de casa e entregar o produto. "É assim quem tem que ser se a gente quer crescer”, diz o executivo sobre como está sendo a nova fase da montadora, desde a sua contratação, há um pouco mais de três meses.
Dessa forma, a marca da estrela dá um passo similar ao praticado por outras marcas concorrentes. Dona de uma imagem de fabricante fechada, distante do cliente, Leoncini revela que sua contratação pela Mercedes tem o objetivo de quebrar esse paradigma.
E a cultura já está mudando, prova disso é que a fabricante, que sempre esteve a frente tendo em seu portfólio modelos equipados com freios a disco, agora apresentou versões do Actros e Axor com freios a tambor para clientes do agronegócio de Rondonópolis (MT).
Toda indústria de veículos sabe e têm pesquisas que provam que os freios a disco são mais seguros e param os caminhões mais rápidos, podendo evitar acidentes que podem ser fatais. Mas muitos transportadores ainda preferem a maior resistência dos freios a tambor, consequentemente, o menor custo de manutenção. E se o concorrente vende caminhões com freio a tambor, não há o que fazer se também a Mercedes quiser vender.
A única forma de mudar isso seria ao Contran (Conselho Nacional de Trânsito) obrigar o uso de freios a disco em caminhões rodoviários.
Outra novidade que a Mercedes traz nos modelos Axor e Actros são os eixos traseiros sem redutor nos cubos. Ambas são adequadas para operações de uso misto, especialmente na rota da soja, em que os caminhões trafegam tanto por rodovias pavimentadas como em estradas não asfaltadas, comuns nas áreas de produção agrícola.
Apesar dos freios a disco serem superiores em relação ao tambor, nas atividades extremamente estradeiras, não são tão eficazes quando em contato com a poeira, diferentemente da versão a tambor, mais robusta nesse sentido. Toda indústria de veículos sabe e têm pesquisas que provam que os freios a disco são mais seguros e param os caminhões mais rápidos, podendo evitar acidentes que podem ser fatais. Mas muitos transportadores ainda preferem a maior resistência dos freios a tambor, consequentemente, o menor custo de manutenção. E se o concorrente vende caminhões com freio a tambor, não há o que fazer se também a Mercedes quiser vender.
Então, com isso, a Mercedes quer ser mais flexível e entregar o produto adequado para cada perfil de atividade. E focar naquela parte da região Centro-Oeste faz parte da estratégia, uma vez que a marca já foi dona de 34% daquele mercado e hoje só detém 9% de participação em Rondonópolis.
Contudo,  em sua ação que faz parte da linha Econfort de veículos mais econômicos, confortáveis e fortes, colocou uma série de veículos em test-drive em uma rota em torno de 9 km e fez workshops para que os motoristas pudessem entender como tirar a melhor performance dos caminhões.

Os próximos passos
Os desafios de Roberto Leoncini não param por aí. Com expertise na linha de caminhões pesados, por conta de anos de trabalho na Scania, agora o executivo tem a missão de conhecer os produtos da linha leve e entender as necessidades desses clientes. Uma das novidades que poderá surgir é a versão 8x2 do Atego de fábrica. “Não faz sentido mandar o kit para o cliente. Isso tem que ser feito de fábrica”, destaca. Vale ressaltar que os concorrentes Scania, Volvo e Volkswagen já entregam o 8x2 de fábrica. Nesse ponto, a Mercedes-Benz está atrasada.
Faz parte das novas ações da Mercedes um mapeamento do país com as aplicações mais fortes por região, para assim desenvolver produtos que atendam a cada perfil. “Rondonópolis tem seu padrão de configuração, mas no Paraná é outro, por exemplo, os empresários daquela região acham interessante a composição cavalo 8×2 com carreta três eixos. Então, nossa missão será dar essa atenção”, acrescenta Leoncini.
No que se refere à rede, Leoncini afirmar estar visitando todas autorizadas, mas prefere entrar pela oficina, isso porque, segundo ele, deve-se explorar mais os serviços. “O que leva a venda do segundo caminhão é o serviço, e ele deve estar bem estruturado”, completou.
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